Plasma rico em plaquetas e ácido tranexâmico aplicados na artroplastia total do joelho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Guerreiro, João Paulo Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
dor
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152380
Resumo: Objetivos: avaliar, através de estudo clínico randomizado e cego, a eficácia do plasma rico em plaquetas (PRP) e do ácido tranexâmico (ATX) na artroplastia total do joelho com relação à queda do nível da hemoglobina, ao controle da dor pós-operatória, ao ganho de flexão do joelho e ao ganho de função do membro inferior. Metodologia: foram selecionados 84 pacientes que seriam submetidos à prótese total do joelho e randomizados. Em 23 desses pacientes foi aplicado o ATX, em 20 pacientes o PRP, em outros 20 pacientes o PRP associado ao ATX e em 21 pacientes apenas o soro fisiológico antes do fechamento da cápsula articular. Foram realizadas dosagens de hemoglobina sérica (mg/dL) no pré-operatório, e 24 e 48 horas após a cirurgia, aplicado o questionário Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), a escala numérica (EN) da dor e medido o ganho de flexão do joelho até o segundo ano pós-operatório. A análise estatística comparou os resultados a fim de comprovar haver diferença entre os grupos em cada um dos momentos da avaliação. Resultados: houve diferença estatística significante (p < 0,01) na medida da queda da hemoglobina com 48 horas de pós-operatório entre os grupos em que o ATX foi utilizado em comparação ao grupo controle e ao grupo PRP, sem diferença entre os grupos com ATX isolado ou associado ao PRP. Na mensuração da dor houve significativa vantagem nos grupos que utilizaram o ATX nas avaliações com 24 e 48 horas de pós-operatório e no grupo que utilizou o PRP isolado na avaliação com 48 horas de pós-operatório em relação ao grupo controle (p < 0,01). O ganho de flexão nas primeiras 24 horas de pós-operatório foi melhor nos grupos que utilizaram o ATX em comparação aos grupos PRP e controle (p < 0,05), sem diferença entre os grupos com ATX isolado ou associado ao PRP. Nas avaliações da queda de hemoglobina nas primeiras 24 horas, da dor desde a primeira semana, do ganho de flexão desde as primeiras 48 horas e nos questionários de função WOMAC a partir do segundo mês não houve nenhuma diferença entre os quatro grupos até os dois anos de pós-operatório. Conclusões: foi demonstrado que o ATX aplicado localmente na cirurgia de artroplastia total do joelho foi efetivo em reduzir a queda da hemoglobina nas primeiras 48 horas de pós-operatório e reduzir a dor. Possibilitou melhor ganho de movimento nas primeiras 24 horas após o procedimento. O PRP não se mostrou efetivo para reduzir sangramento ou melhorar a função do joelho após a artroplastia. Houve melhor controle de dor pós-operatória medida pela escala de dor nas primeiras 48 horas pós-operatórias. A associação das duas substâncias não demonstrou vantagem ou potencialização dos seus efeitos.