Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Rejane Cristina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/102414
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Resumo: |
A tese de doutoramento aqui apresentada promove uma leitura de quatro romances da literatura brasileira contemporânea, publicados entre as décadas de 70 e de 90: Galvez, imperador do Acre e A resistível ascensão do Boto Tucuxi, de Márcio Souza, e Galantes memórias e admiráveis aventuras do virtuoso Conselheiro Gomes, o Chalaça, de José Roberto Torero e Terra Papaggali, de José Roberto Torero em co-autoria com Marcus Aurélius Pimenta, a fim de observar de que forma a tonalidade satírica, pautada na crítica a um estado de coisas julgado como reprovável pelo satirista e na pressuposição de uma norma que, se observada, levaria a um “melhor”, configura-se na contemporaneidade, momento marcado pela pulverização dos valores e pelo esmaecimento dos ideais utópicos. A análise das obras permite constatar que os romances de Márcio Souza, publicados em 1976 e 1982, embora já se inscrevam em um panorama de desconfiança em relação à possibilidade de um projeto de revolução social para o Brasil, ainda expressam a frustração ocasionada por essa desconfiança. O riso satírico, nesses romances, expõe o drama do posicionamento crítico que precisa lidar com a ausência de propostas, com o vazio. Os romances de Torero e Pimenta, publicados em 1994 e 1997, inserem-se em um contexto que, politicamente, garante a observância dos preceitos democráticos e, culturalmente, possibilita a profissionalização do escritor por meio de sua assimilação pela indústria cultural. O riso satírico, em tais obras, promove uma generalização da crítica cuja força corrosiva é diminuída na proporção em que ocorre a ampliação de seus alvos, configurando-se tanto como estratégia produtiva de exposição das incongruências perpetuadas na sociedade brasileira, quanto como um maneirismo que garante a diversão descompromissada do leitor. |