Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Seron, Danúbia Hatoum [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/93986
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Resumo: |
Neste trabalho, investigamos um processo de criação lingüística no qual se une a partícula que a palavras de diferentes classes gramaticais – nome, verbo, advérbio, preposição – para formar uma nova palavra na língua portuguesa que desempenhará novas funções. O nosso objeto de estudo é preposição desde e, conseqüentemente, a perífrase conjuncional desde que. Como corpus de língua falada utilizamos as amostras do NURC da cidade de São Paulo e de Rio de Janeiro. O corpus escrito foi baseado em romances atuais, principalmente, a partir da década de setenta, coletados no Laboratório de Estudos Lexicográfico da UNESP de Araraquara. Esta dissertação está apoiada no paradigma funcionalista, principalmente na teoria da Gramática Funcional proposta por Dik. A teoria de Dik nos auxiliou na análise dos aspectos sintáticos, semânticos e pragmáticos dos nossos dados. Com ela foi possível observamos, num recorte sincrônico, a multifuncionalidade do nosso objeto. Como a principal característica do processo de criação lingüística em questão é a criação de uma nova palavra com o estatuto gramatical maior do que a anterior, abordamos os estudos sobre gramaticalização. Sabendo dos limites de uma pesquisa sincrônica, observamos que os vários usos da preposição desde e da perífrase desde que mostram um crescente aumento do estatuto gramatical da preposição para conjunção, assim como uma crescente abstração do significado – espaço, tempo, condição e causa. Apesar de não podermos confirmar a derivação etimológica dos usos, é possível observar que há um cline evidenciando a gramaticalidade dos usos de desde (que). Esse cline pode ser observado, não apenas segundo as propostas de pesquisadores como Traugott e Sweetser, mas também pela localização das construções analisadas nas camadas subjacentes da oração, tal como proposta por Dik... |