Abordagem verde e multivariada para extração e análise de metabólitos fenólicos de Eugenia uniflora L. utilizando solventes eutéticos naturais profundos (NADES)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Otávio Aguiar de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194510
Resumo: Eugenia uniflora L., conhecida como pitanga, é uma planta nativa do Brasil com uma série de propriedades terapêuticas em razão de seus metabólitos secundários constituintes. Para extração de compostos bioativos, estudos metabolômicos e análises cromatográficas envolvendo essa matriz complexa, historicamente têm sido empregados metodologias e solventes de eficiência questionável, elevado custo associado e impacto negativo para o meio ambiente e a saúde do analista. Considerando que isso representa um cenário anacrônico para o estudo e exploração racional da diversidade micromolecular presente em plantas terapêuticas, o presente trabalho propõe metodologias ambientalmente amigáveis e eficientes para extração e análise do metaboloma das folhas de pitanga. Uma perspectiva holística foi empregada, de modo que planejamentos experimentais robustos, respostas apropriadas que visam simultaneamente a eficiência analítica e ambiental (Green Chromatographic Fingerprinting e HPLC Environmental Assessment Tool), solventes considerados verdes (bioetanol e solventes eutéticos naturais profundos) e uma metodologia extratora consagrada por sua eficiência (irradiação por microondas) foram empregados como um contraponto aos processos dispendiosos e impactantes geralmente envolvidos no estudo dessa espécie. Desenvolveu-se um método cromatográfico empregando bioetanol como modificador orgânico (5,26% a 52,63% de bioetanol em 30 minutos), seguido por uma metodologia extratora otimizada (47 minutos de irradiação microondas a 800W, 39°C e 0,05:1 de razão entre o material vegetal e o solvente eutético natural profundo cloreto de colina: ácido lático na razão molar 1:3 contendo 20% de água em massa, empregado como meio extrator). Os métodos cromatográfico e de extração apresentaram maior eficiência e menor impacto ambiental em comparação com metodologias ou solventes de referência e podem mover instituições regulatórias, farmacopeias e o setor acadêmico e industrial a realmente empregarem metodologias de vanguarda no aspecto analítico e ambiental para exploração adequada da biodiversidade brasileira.