Um olhar psicanalítico sobre a maternidade e o uso de substâncias psicoativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Palma, Bruna Martins Veroni [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237391
Resumo: Este trabalho deriva da experiência com mães que se encontram em vulnerabilidade social, especificamente em uso de álcool e drogas ilícitas, que enfrentam o constante estigma da inadequação para o exercício da maternidade. Esses estigmas acabam, por muitas vezes, validados em documentos produzidos por profissionais, como psicólogos, culminando em uma separação precoce e judicialização dos casos ainda nos hospitais-maternidade. Consideramos fundamental a discussão do papel do psicólogo que trabalha com esse público, que deve levar em conta os atravessamentos pelos quais essa população enfrenta e promover um atendimento ético e justo para com suas demandas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que contou com a entrevista de seis psicólogas, atuantes em de hospitais-maternidade dos estados de São Paulo e Paraná. A verificação dos resultados foi realizada utilizando a análise temática e a teoria psicanalítica como referencial teórico para a discussão dos dados. Em nossos resultados, observamos que é preciso romper com os mitos relacionados à maternidade e ao uso de substâncias psicoativas, bem como a implicação de toda a rede de saúde, composta desde os profissionais, organização dos serviços de saúde e o sistema Judiciário, para que seja possível garantir um atendimento justo, ético e que seja espaço potencial transformador para as mães que fazem uso de substâncias psicoativas.