Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Eloise Brasil de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234803
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi definir a incidência e a prevalência de TB nos municípios do DRS VI do Estado de São Paulo e identificar por análise espacial as áreas de alto risco para o desenvolvimento da doença, bem como caracterizar o perfil clínico epidemiológico, laboratorial e sociodemográfico de casos de TB da População Geral (PG) e da População Privada de Liberdade (PPL) no período de 2014 a 2018.Os dados foram coletados do DATASUS e demográficos do Censo de 2010 além de dados do Sistema de Controle de Pacientes com TB (TBWEB). Mapas temáticos foram gerados utilizando GIS 3.14 Pi e para a análise estatística dos dados epidemiológicos foi utilizado o Teste de Quiquadrado ou Exato de Fisher e, para as variáveis contínuas, Teste de Mann-Whitney, utilizando EpiInfo. Um total de 1.671 (45,7%) casos era proveniente da PPL. As taxas de incidência e prevalência por 100 mil hab. com maior registro no DRS VI foi de 37,5 a 85,1 (30 - 44,1% dos munícipios) e 100,5 a 191,8 (29 - 42,6% dos munícipios), sendo estes valores mais altos observados em municípios que possuíam Unidades Prisionais. Nesse sentido os municípios do DRS VI que abrigam presídios concentravam maior de casos de TB com manutenção da incidência. Isso pode indica uma possível relação entre a manutenção da cadeia de transmissão favorecida pelas unidades prisionais. Um total de 228 (45,9%) casos eram PPL e 268 (54,1%) casos eram PG. O perfil dos casos era do sexo masculino (PPL: 99% e PG: 73%), cor branca (PPL:49% e PG:49%), de 4 a 7 anos de escolaridade (PPL: 43% e PG:36%), em idade economicamente ativa (18 a 29 anos para PPL: 55% e 30 a 40 anos PG:24%). A forma pulmonar foi a mais observada (PPL: 98% e PG:94%) com diagnóstico mais frequente por demanda ambulatorial (PPL: 59% e PG:56%). Alcoolismo e drogadição foram associados a PG (p<0,01) mostrando o risco aumentado desses agravos para o desenvolvimento da TB. Na avaliação de contatos o número de contatos expostos para PPL apresentou significância (p<0,01) além da cobertura do TDO que também foi significativamente maior na PPL (p<0,001 (PPL:97% e PG:85%). A taxa de cura também mostrou significância estatística para PPL (p <0,01) (PPL:90% e PG:78%) o que demostra importante efetividade do controle e tratamento da TB na PPL. No município de Bauru a análise espacial também mostrou maior densidade de casos da PG em regiões periféricas e próxima as principais Unidades Prisionais do município. O estudo apresenta limitações, em virtude da enorme dificuldade do uso de dados secundários. No entanto, evidenciamos a manutenção de taxas expressivas da incidência de TB, a problemática nos presídios, assim como a necessidade de medidas mais efetivas para o controle da doença nos municípios do DRS VI. |