Estudo sobre a síntese e modelagem molecular de lactonas benzodiazepínicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tondato, Wellington Negri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194017
Resumo: As benzodiazepinas são compostos que contêm estruturas heterocíclicas bicíclicas onde o termo refere-se a uma fusão entre anel benzênico com um anel diazepínico. A classe é de extrema importância para a química medicinal, pois, são utilizadas principalmente como fármacos psicotrópicos no auxílio do tratamento da depressão, do transtorno de ansiedade, do sono, de convulsões e como relaxante muscular. Devido à importância biológica desses compostos, nas últimas décadas várias rotas sintéticas foram propostas e otimizadas para a obtenção de novos derivados. Desta forma, este trabalho teve por objetivo propor uma rota sintética mais eficiente para a obtenção de lactonas benzodizepínicas através de uma reação dominó realizada sob catálise heterogênea. A primeira etapa da síntese foi a obtenção da butenolida intermediária, não isolada, resultante da reação assistida por micro-ondas entre o ácido tetrônico e a orto-fenilenodiamina, seguida pela adição do aldeído aromático ao mesmo frasco reacional, para então fornecer a lactona benzodiazepínica. A reação dominó forneceu o composto de interesse em maior rendimento do que a reação realizada por etapas com isolamento da butenolida intermediária. O uso de vários aldeídos aromáticos forneceu treze derivados benzodiazepínicos, em rendimentos variando 71 a 94% com tempos totais de reação de 55 a 75 min. A eficiência da amberlite IR-120 usada como catalizador na mesma reação foi verificada até quatro usos sem diminuição significativa nos rendimentos. Todos os produtos obtidos tiveram estruturas confirmadas por Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C e por Espectrometria de Massas. Os compostos obtidos foram avaliados quanto às propriedades luminescentes, onde os resultados observados mostram padrões semelhantes de absorção e de emissão. Os compostos tem interessantes espectros de emissão onde é possível observar as bandas de Raman, primeira e segunda harmônicas e uma intensa banda de reemissão. As características luminescentes desses compostos podem ser estudadas para possíveis aplicações como fluoróforos. A estrutura dos derivados 5a-m e estruturas modeladas foram submetidas à estudos de docking molecular utilizando a proteína GABAA-α1β3γ2. Estes estudos demonstraram que os compostos 5b, 5c, 5l e as estruturas modeladas 8l e 5a(7-Cloro) apresentaram similaridades nas interações com a proteína em comparação com o Alprazolam que foi usado como modelo de interação. Os resultados evidenciaram características que classificam esses compostos como possíveis alvos para a realização in vivo utilizando modelos de sedação.