Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Zanin, Isa Caroline Aguiar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/157192
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Resumo: |
O presente trabalho é parte de um projeto maior, intitulado “Projeto de História do Português Paulista” (ALMEIDA, 2006), também conhecido como Projeto Caipira, que estuda diferentes aspectos da história do português utilizado no estado de São Paulo, dentre eles a evolução de processos de construção textual, como a organização tópica. Nesse contexto, o objetivo do trabalho é analisar o processo de organização tópica de cartas de redatores de jornais paulistas do século XIX. Os dois níveis de constituição desse processo são analisados: a organização intertópica, que consiste na combinação entre Segmentos Tópicos (SegTs) mínimos; e a organização intratópica, que é a estruturação interna de SegTs mínimos. O quadro teórico-metodológico é constituído por uma integração entre a Perspectiva Textual-Interativa (JUBRAN; KOCH, 2006) e a Teoria dos Atos de Fala (AUSTIN, 1962; SEARLE, 1969). As cartas de redatores analisadas são extraídas de Barbosa e Lopes (2002), que, como parte do material usado pelo Projeto Caipira, reúnem cartas de redatores e cartas de leitores publicadas em diferentes jornais do estado de São Paulo durante o século XIX. O resultado do trabalho mostra que as cartas estudadas se caracterizam, no nível da organização intertópica, pela propriedade da unicidade intertópica, isto é, cada carta, via de regra, desenvolve um único tópico discursivo. No nível da organização intratópica, as cartas de redatores apresentam uma regra geral, que consiste na construção de uma unidade de Elaboração Tópica (na qual o redator dirige uma mensagem aos leitores/assinantes), a qual pode ser antecedida por uma unidade de Contextualização Tópica (que introduz o tópico da carta) e/ou seguida por uma unidade de Expansão Tópica (em que se discute a mensagem dirigida aos leitores/assinantes). Os resultados mostram também que, para distinguir uma unidade intratópica da outra, as cartas lançam mão de um mecanismo que envolve o uso de diferentes tipos de atos de fala em diferentes unidades. Além disso, as unidades se diferenciam umas das outras em termos da presença/ausência de verbos performativos. |