Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pires, Gabriela Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192298
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Resumo: |
Sendo a agricultura familiar uma categoria caracterizada pelas relações entre a terra, o trabalho e a família, cada integrante é responsável por atuar em um conjunto de atividades dentro da propriedade, a mulher desempenha um papel substancial para a subsistência biológica e socioeconômica das famílias. Contudo, apesar de sua expressiva atuação na agricultura familiar, sofrem com a falta de valorização e subestimação. As mudanças estruturais na agricultura, ocorridas na década de 1960, fizeram com que pequenos produtores buscassem novas alternativas de acesso a renda por meio da pluriatividade. A combinação de atividades agrícolas e não-agrícolas, deu espaço ao turismo rural, sendo visto como uma atividade capaz de contribuir para a ampliação de trabalho, especialmente para as mulheres, fazendo com que elas obtivessem rendimentos econômicos e possibilitasse a sua valorização social. Nessa perspectiva, o objetivo dessa pesquisa foi compreender o papel da agricultora familiar na pluriatividade. Para isso, se apropriou da abordagem qualitativa, de caráter exploratório, na qual o método de investigação elegido foi o estudo de caso. A análise de dados foi feita por meio da análise de conteúdo, sustentada pela relação entre os dados obtidos na entrevista semiestruturada, na observação sistemática e na fundamentação teórica. Os resultados permitiram concluir que as agricultoras têm um papel fundamental na pluriatividade, atuando nas esferas produtiva, em atividades agrícolas e não-agrícolas e reprodutiva. A extensa carga horária desempenhada, influencia na falta de tempo para desenvolverem outras atividades, seja para projetos pessoais, entretenimento e capacitação. As atividades produtivas agrícolas são feitas em conjunto com os maridos e/ou pais, já as não-agrícolas e reprodutivas são feitas quase que exclusivamente pelas mulheres. A tomada de decisão não veio acompanhada da coletividade no trabalho agrícola, sendo responsabilidade somente dos homens decidirem sobre produção, comercialização e administração dos recursos financeiros. Mesmo que as agricultoras estejam satisfeitas com a atual divisão de trabalho e se sintam valorizadas nas propriedades, foi possível confirmar a ainda presente desigualdade de gênero que assola a vida das mulheres rurais. Por fim, o estudo corroborou para demonstrar que mesmo vivendo em situações de vulnerabilidade social, decorrentes da assimetria de gênero, as mulheres são protagonistas rurais e são imprescindíveis para manutenção das propriedades e de suas famílias. |