Estudo químico de Zollernia ilicifolia (Fabaceae), Wilbrandia ebracteata (Cucurbitaceae) e Caesalpinia ferrea (Caesalpiniaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Coelho, Roberta Gomes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/105839
Resumo: Este trabalho é uma parte de uma investigação de plantas utilizadas na medicina popular pela população que habita a Floresta Tropical Atlântica (Mata Atlântica), região do Vale do Ribeira, estado de São Paulo. Foram estudadas as folhas de duas espécies usadas para o tratamento de úlceras gástricas: Wilbrandia ebracteata (Cucurbitaceae) e Zollernia ilicifolia (Fabaceae). A terceira espécie estudada foi Caesalpinia ferrea (Caesalpiniaceae), usada contra alergia. Os extratos hidrometanólico 70% das espécies Z. ilicifolia e W. ebracteata foram avaliados farmacologicamente em diferentes modelos de indução de úlceras. Para o extrato metanólico de C. ferrea foi avaliada a secreção de mastócitos de pulmão e intestino de cobaia, visando uma comparação com drogas antialérgicas. Os extratos ativos foram fracionados por técnicas cromatográficas e as substâncias identificadas por métodos espectrométricos. Do extrato de Z. ilicifolia foram isoladas saponinas, flavonóides glicosilados e glicosídeos cianogenéticos. O perfil cromatográfico usando HPLC-DAD de Z. ilicifolia combinado ao conhecimento desta espécie permitiu distinguir entre a verdadeira e a falsa espinheiras-santas (Maytenus ilicifolia e Sorocea bomplandii). Em W. ebracteata foram identificados ácidos graxos, além de agliconas de flavonóides e C-glicosídeos. Os flavonóides C-glicosilados isolados de W. ebracteata exibiram significativa atividade antioxidante e baixa atividade citotóxica. Na espécie C. ferrea foram encontrados flavonóides C-glicosilados, triterpenos e um derivado de ácido fenólico. Como conclusão este estudo contribuiu para o conhecimento da química dessas plantas brasileiras que ocorrem na Mata Atlântica e isto pode ser usado como base para a conservação da floresta assim como fonte de compostos para estudos fitoquímicos, farmacológicos, toxicológicos e ecológicos.