Agência e responsabilidade no contexto de sistemas autônomos artificiais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Camila da Cruz [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202831
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo investigar, no contexto das tecnologias informacionais emergentes, a possibilidade de sistemas autônomos artificiais serem considerados agentes e, em particular, agentes morais aos quais cabe atribuir algum grau de responsabilidade. A pergunta que guiará esta investigação pode ser assim formulada: Seria legítimo atribuir algum grau de responsabilidade a sistemas autônomos artificiais, levando em consideração que estes sistemas são produzidos e programados por sistemas autônomos naturais e intencionais? Para tanto, explicitaremos se, e em que condições, podemos classificar um agente artificial como autônomo e o que entendemos como conduta responsável. Procuraremos mostrar que sistemas artificiais que forem capazes de extrapolar sua programação inicial, aprender com a própria experiência e alterar o rumo de sua ação como resultado de tal aprendizagem podem vir a ser considerados elementos constituintes de uma rede de agentes intencionais. Tal atribuição estaria baseada na tese de que agentes artificiais, instanciadores de intencionalidade derivada, teriam também corresponsabilidade derivada sobre as possíveis consequências de suas performances. Por outro lado, recusar a possibilidade de agentes artificiais poderem ser considerados corresponsáveis pelas consequências de suas performances implicaria não considerar devidamente a capacidade de tais sistemas alterar o rumo de sua conduta como resultado de sua própria experiência. Assim, entendemos que a clássica relação entre agência e responsabilidade moral sobre as consequências da conduta precisa ser revista de modo a incluir a hipótese de agência artificial e suas possíveis relações com a responsabilização moral no contexto das tecnologias contemporâneas.