O Camp nas performances de gênero em A Streetcar Named Desire, de Tennessee Williams

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nogueira, Mariana Gaspar Gomes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256091
Resumo: No que diz respeito à peça A Streetcar Named Desire (1947) de Tennessee Williams, pode-se compreender o funcionamento da estética Camp essencialmente em duas personagens: Blanche DuBois e Stanley Kowalski. Desse modo, o objetivo desta pesquisa é estudar e aprofundar a análise dessas duas personagens à luz da manifestação queer do Camp. A fim de entender este fenômeno, é preciso contextualizá-lo historicamente, tendo surgido da necessidade teórica de assimilar os conceitos de ironia e paródia dentro do cenário queer pós-moderno, em que a sexualidade e a performance de gênero são fundamentais. À vista disso, e a partir desse viés teórico, é possível conceber o Camp de maneira abrangente como uma sensibilidade e estética do artificial e do exagero, como o define Susan Sontag em "Notes on 'Camp'" (1964); e, de maneira mais profunda, uma paródia irônica política e crítica queer, como proposto por Moe Meyer em The Politics and Poetics of Camp (1994). O fênomeno Camp desdobra-se na peça A Streetcar Named Desire por meio de Blanche e Stanley, uma vez que ambos performam constantemente um exagero irônico em suas sexualidades e gêneros, o que permite o desenvolvimento de uma leitura paródica e irônica de seus papéis como homem e mulher, construídos a partir de um processo de estereotipificação. Portanto, esta dissertação procura dar conta dos diferentes aspectos de performance e representação, no que tange ao gênero e sexualidade, que Blanche e Stanley exibem, e como isso pode contribuir para a compreensão crítico-analítica da peça.