O jovem no movimento hip hop: espaço potencial de criatividade e identificação?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ballalai, Rodrigo Clemente [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97560
Resumo: A partir de experiência de estágios da graduação em Psicologia, particularmente no trabalho desenvolvido junto ao “Programa de Liberdade Assistida” da FEBEM, unidade Bauru, quando oferecemos um pronto atendimento psicológico a seus participantes, iniciamos o contato com o movimento hip hop. Entrevistamos jovens que se identificam com o movimento hip hop, analisando sua trajetória ao ingressarem nos grupos organizados de hip hop do município de Bauru. Analisamos suas biografias e percepções que estes jovens têm de si e de sua realidade social. O instrumento utilizado foi a entrevista semi dirigida, cuja aplicação ocorreu individualmente O procedimento para a análise das informações se apoiou no método psicanalítico. Analisamos o que leva os jovens a participarem do referido movimento, por meio do conceito psicanalítico de identificação. Verificamos que a significação que os jovens atribuem ao hip hop pode ser entendido como um espaço potencial de criatividade, de acordo com a teoria do psicanalista inglês Donald Winnicott. Encontramos diferentes usos desse movimento cultural, de acordo com a singularidade de cada participante, inclusive manifestado pelos diversos meios de participação artística e ideológica de seus componentes. No campo identificatório consideramos o movimento hip hop como modelo identificatório contemporâneo e significativo para grande parcela da população jovem. Como apresenta Maria Rita Kehl, o tratamento de irmãos (“manos”) indica um campo de identificação horizontal com um grupo de pessoas iguais, oriundas de uma mesma realidade dolorosa; distinto de uma identificação vertical, tal como ocorre na grande massa em relação ao líder ou ídolo.