Efeitos da infecção por Leishmania infantum na morfologia e composição celular do timo de hamster (Mesocricetus auratus)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Março, Karen Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202173
Resumo: A leishmaniose visceral é uma zoonose com significativa diversidade clínica e epidemiológica, causada por várias espécies diferentes do protozoário Leishmania. A maioria das pessoas e cães expostos à leishmaniose não desenvolve doença clínica, o que decorre do padrão de resposta imune desenvolvida pelo hospedeiro, sendo que os mecanismos que direcionam a resposta imune e resultam em suceptibilidade ou resistência a doença ainda não foram completamente elucidados. O fato de o timo ser um órgão linfoide importante no desenvolvimento de células T, que são responsáveis por orientar as respostas imunes dos tipos Th1, Th2, Th17 e Treg envolvidas na resposta à infecção pela Leishmania, faz com que o estudo de parâmetros morfológicos, composição celular e parasitológico no timo, durante o curso da infecção, sejam importantes. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar características morfológicas e a distribuição tecidual das células hematopoiéticas e estromais no timo de hamsters infectados experimentalmente. Para isso foram utilizados 15 hamsters infectados experimentalmente com 107 promastigotas de Leishmania infantum (MHOM/BR/1972/BH46) por via intraperitonel e divididos em três grupos com cinco hamsters, que foram eutanasiados em diferentes tempos pós-infecção, aos 15 (I-15), 60 (I-60) e 120 (I-120) dias. O grupo controle foi constituído por seis hamsters, eutanasiados nos tempos I-15 e I-120. Utilizando técnicas histopatológicas e imuno-histoquímica avaliamos a presença de atrofia, inflamação, alteração morfológica e a distribuição dos tipos celulares do timo. Notamos que após 15 dias de infecção ocorreu um aumento de linfócitos T CD3+ no timo que se normalizou com tempo aos valores de parâmetros normais, e que aos 120 dias de infecção, ocorreu uma redução de linfócitos B CD79a+. Além disso amastigotas intactas de Leishmania estavam presentes em 9/15 hamsters confinada nas regiões medular e corticomedular do timo. Estes achados confirmam que a presença do parasito causa alterações na população celular do timo. Mais estudos são necessários para avaliar o reflexo destas alterações na resposta imune dos animais infectados.