Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Seridório, Daniele Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/210980
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Resumo: |
O jornalismo enfrenta, no cenário contemporâneo, o desafio de abrir-se ao escrutínio do público, mantendo sua legitimidade e autonomia, particularmente quando consideramos a atividade jornalística praticada por emissoras de televisão mantidas pelo poder público, no contexto de exigências advindas do papel da comunicação pública nas democracias contemporâneas. A abertura pode ocorrer pela adoção de mecanismos de participação e accountability, que estabelecem relacionamentos com o público sob diferentes arranjos e complexidades. Nesse contexto, propomos o conceito de porosidade de relacionamentos entre o jornalismo e seus públicos nas dimensões de participação e accountability. Esta tese investigou os relacionamentos entre emissoras de TV públicas e seus públicos, estabelecidos por mecanismos de porosidade. Comparamos concepções e práticas existentes no Brasil e no Reino Unido, país reconhecido mundialmente por formatos inovadores de governança na radiodifusão pública. Por meio de metodologia de análise de conteúdo de programação, análise documental de manuais e códigos editoriais e entrevistas semiestruturadas com jornalistas, caracterizamos mecanismos (práticas, canais e dispositivos) de porosidade adotados por 27 emissoras. Analisamos como tais realizações podem impactar a criação e manutenção de valores de responsabilidade social, inovação e credibilidade do jornalismo. Os resultados sugerem que, em um sistema de radiodifusão regulado, as emissoras possuem melhor desempenho na porosidade, e em ambientes pouco regulados as instâncias internas de responsabilização e a autorregulação contribuem para o estabelecimento de porosidade. Os resultados indicam, ademais, que inciativas de autorregulação, expressas em compromisso organizacional com a porosidade, são determinantes para a qualidade dos relacionamentos entre o jornalismo e seus públicos, e que a regulação tende a gerar e dar sustentabilidade a instâncias externas e internas de responsabilização. Sugerimos diretrizes para a formulação de mecanismos de porosidade, baseadas nos resultados, necessárias em um contexto de busca por instrumentos capazes de reverter o déficit de credibilidade do jornalismo na atualidade e aumentar a competitividade diante das mídias digitais. |