Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marinéia dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193252
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Resumo: |
Problematizar os diferentes discursos e modos de operar com as narrativas na Educação Matemática foi o principal objetivo desta pesquisa. O tema desse trabalho nasce de minhas vivências e de um estranhamento coletivo do Grupo de Pesquisa História Oral e Educação Matemática (Ghoem) que compreende uma expansão da presença das narrativas nos trabalhos e pesquisas em Educação Matemática. Desse modo, as compreensões aqui problematizadas partem, principalmente, das oito narrativas de pesquisadores que são líderes (em sua maioria) dos grupos de pesquisa que utilizam o termo “narrativas” em distintas perspectivas nos estudos e pesquisas na Educação Matemática. A História Oral foi arquitetada durante os movimentos da investigação como metodologia de pesquisa qualitativa potente para compreender os processos de subjetivação de cada colaborador e como cada um atribui significados às suas práticas e visões de mundo. Os resultados acenam para uma multiplicidade de compreensões e mobilizações das narrativas e seus modos de operar que, ao nosso ver, estão imbricados na própria maneira como os colaboradores compreendem a formação de professores e a Educação Matemática e mobilizam seus referenciais teóricos. De modo geral: O que podem as narrativas na Educação Matemática brasileira sinaliza que a potência do trabalho com as narrativas em processos de formação de professores está vinculada a uma política de narratividade, a qual compreende uma dimensão ética, porque respeita a visão de mundo dos sujeitos; estética, no sentido que propõe um estilo de escrita; e política porque diz respeito aos processos de subjetivação e empoderamento pessoal. Tais ideias também estão intimamente ligadas a um pensamento decolonial que busca romper com as barreiras político-social-epistemológicas de um conhecimento científico legitimado pela academia. As práticas mobilizadas pelos colaboradores são táticas que rompem com a epistemologia dominante, uma vez que elas propõem e permitem formas de subversão e lutas no campo educacional contra os discursos unilaterais que vêm ganhando corpo ultimamente. Esta pesquisa pretende contribuir diretamente com os esforços do Ghoem e de sua linha de pesquisa “História Oral, Narrativas e Formação de Professores: pesquisa e intervenção”, que, em síntese, busca explorar como as narrativas têm sido e podem ser compreendidas nos seus distintos fundamentos e objetivos. Esse trabalho busca corroborar outros estudos e pesquisas sobre as narrativas, dado a temática emergente no campo educacional e permite problematizar questões inerentes à produção do conhecimento na Educação Matemática, dada sua própria natureza de estar em constante processo de disciplinarização. |