A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e as inflexões do capital na década de 1990

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Deo, Anderson [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/88831
Resumo: O presente trabalho analise o projeto econômico-social da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), bem como sua prática política, diante do processo de reestruturação econômica e redimensionamento do Estado Nacional brasileiro, ocorridos durante a década de 1990. Como parte de um todo articulado, tal processo está inserido numa nova fase de internacionalização da economia capitalista, denominada Mundialização do Capital, onde a burguesia internamente instalada passa a defender seu projeto, com vistas à inserção do Brasil nesse momento da Divisão Internacional do Trabalho. O projeto desenvolvido e defendido pela FIESP tem como característica principal a revitalização da posição subordinada da economia brasileira, em relação aos pólos centrais do imperialismo. Historicamente constituída e consolidada, tal característica imprime no conjunto das classes sociais brasileiras a sua marca. No que diz respeito à fração industrial da burguesia do principal pólo econômico do país, a forma particular de entificação/objetivação do capitalismo no Brasil dá origem a uma classe cuja incompletude histórica e debilidade política sempre foram presentes. O desenvolvimento histórico da entidade, bem como sua atuação no referido período, demonstram que tais contornos ontologicamente adquiridos não foram modificados, pelo contrário, são reafirmados como única forma possível de desenvolvimento econômico-político para o país. Tais aspectos são próprios de economias que se inserem de forma hipertardia no modo de produção social do Capital.