Potencial sinérgico de proteínas inseticidas de Bacillus thuringiensis e de Pseudomonas spp. no manejo da resistência do Bicudo-do-algodoeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Jardel Diego Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236065
Resumo: A produtividade da cultura do algodoeiro é afetada, em grande parte, pelo ataque de sua principal praga o Anthonomus grandis. Embora proteínas produzidas por Bacillus thuringiensis (Bt) possam limitar a infestação de insetos, algumas populações vêem desenvolvendo resistência a estas proteínas. Um dos métodos alternativos para esta finalidade tem sido a utilização de certas espécies de bactérias do gênero Pseudomonas que apresentam eficiência no controle de insetos da ordem Coleoptera por apresentarem proteínas inseticidas altamente tóxicas. Assim, objetivou-se avaliar a toxicidade das proteínas, IPD072Aa e PIP-47Aa, isoladas de Pseudomonas spp. em interação com as proteínas Cry1Ia10, Cry3Aa e Cry8 de B. thuringiensis, visando o controle de A. grandis na cultura do algodoeiro. Os genes IPD072Aa, PIP-47Aa, foram sintetizados e clonados no vetor de expressão pET-SUMO, e as proteínas Cry1Ia10, Cry3Aa e Cry8 foram obtidas a partir da indução de clones de E. coli recombinantes, obtidos previamente por nosso grupo de pesquisa do Laboratório de Genética de Bactérias e Biotecnologia Aplicada (LGBBA). As proteínas produzidas foram visualizadas em SDS-PAGE, quantificadas e incorporadas à dieta artificial, para estimar, por meio de bioensaios, as Concentrações Letais (CL) das cinco proteínas testadas individualmente e em conjunto. Os resultados das avaliações de toxicidade individuais revelaram que as proteínas IPD072Aa, PIP-47Aa, Cry1Ia10, Cry3Aa e Cry8 apresentaram eficiência no controle de Anthonomus grandis, sendo as proteínas Cry3Aa e Cry8 a mais tóxicas. Com relação aos ensaios de interações, uma alta interação sinérgica foi observada na combinação entre Cry1Ia10 com Cry3Aa. Todas as interações envolvendo as proteínas Cry3Aa e PIP-47Aa, quando combinadas com as demais proteínas, apresentaram um claro efeito sinérgico. Os resultados mostraram que as combinações das proteínas testadas, em sua maioria, aumentam a toxicidade contra larvas neonatas de A. grandis, sugerindo novas construções para a piramidação de plantas do algodoeiro visando o controle do bicudo e o manejo de possível surgimento de resistência por este inseto.