Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues Rossi, Luana Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183412
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Resumo: |
As vesículas lipídicas unilamelares gigantes (GUVs) são consideradas ótimas ferramentas em sistemas de estudos que mimetizam membranas biológicas, devido à sua composição fosfolipídica e sensibilidade ao estresse oxidativo, além de possuírem capacidade de encapsular macromoléculas. Este foi o primeiro estudo a utilizar vesículas unilamelares gigantes como carreadoras de antioxidante (cisteina) em sistema de produção in vitro de embriões (PIVE). Sua utilização aliada ao sistema de cultivo é interessante, pois acredita-se poder ocorrer liberação do antioxidante de acordo com a demanda do sistema de PIVE. O objetivo desse estudo foi avaliar o comportamento das GUVs co-cultivadas in vitro com embriões bovinos, definir o método de indução ao estresse oxidativo e sua efetividade ao encapsular e carrear antioxidantes sob condições de estresse oxidativo. Foram testados indutores de estresse oxidativo [menadiona (MD) e peróxido de hidrogênio (H2O2)] nas GUVs, sendo o H2O2 em altas concentrações eficaz em induzir o estresse oxidativo através da alteração do diâmetro [Controle (18,96 μm) vs. H2O2 0,1 mM (17,71 μm), H2O2 0,5 mM (17,32 μm) e H2O2 1,0 mM (16,63 μm)]. Houve redução na taxa de desenvolvimento embrionário (P<0,05) dos grupos co-cultivados com GUVs e submetidos ao estresse oxidativo pela MD [Controle (26,70%) GUV (25,18%) vs. GUV+MD 5,0 μM (6,95%) e GUV+MD 7,5 μM (0,95%)]. As maiores concentrações intracelulares de ROS em embriões bovinos (P<0,05), foi no grupo GUV+MD 5,0 μM (16,28) vs. Controle (3,76) e GUV (3,99 ± 0,33). Ao co-cultivar GUVs, com cisteína encapsulada em seu interior, com embriões bovinos e submetê-los ao estresse oxidativo, pôde ser observado que a taxa de desenvolvimento embrionário foi menor (P<0,05) nos grupos (MD: 9,46%; MD + Cist: 1,19%; e GUV(Cist 3mM) + MD: 1,15%) e nos grupos cultivados com maior concentração de cisteina [GUV(Cist 129mM): 0,0% e GUV(Cist 129mM) + MD: 0,0%] em comparação aos demais grupos (controle: 25,58%; Cist: 31,77%; e GUV(Cist 3mM): 30,16. A taxa de desenvolvimento embrionário até o estágio de blastocisto foi menor (P<0,05) nos grupos submetidos ao estresse oxidativo pela menadiona (MD: 9,46%; MD + Cist: 1,19%; e GUV(Cist 3mM) + MD: 1,15%) e nos grupos cultivados com maior concentração de cisteina [GUV(Cist 129mM): 0,0% e GUV(Cist 129mM) + MD: 0,0%] em comparação aos demais grupos (controle: 25,58%; Cist: 31,77%; e GUV(Cist 3mM): 30,16. O grupo GUV(Cist 3mM) exibiu menores (P<0,05) concentrações de ROS (0,09 UAF) comparado ao grupo Cist (0,16 UAF), mas ambos não diferiram do grupo controle (0,10 UAF), sendo as maiores concentrações de ROS observadas no grupo MD (0,34 UAF). Em conclusão as GUVs não promoveram efeito tóxico e nem aumentaram as concentrações intracelulares de ROS nos embriões. As GUVs produzidas com cisteína em seu interior apresentaram-se mais eficientes para prevenir o aumento de ROS. |