Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Wesley José dos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194354
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Resumo: |
Os tripanosomas são parasitos pertencentes à família Trypanosomatidae, sendo um amplo gênero de parasitos de grande interesse médico, já que eles infectam vertebrados e utilizam diversos insetos como agentes vetores. Um dos tripanosomas mais conhecidos é Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, que infecta humanos e animais, incluindo primatas não humanos (PNH). Os PNH são naturalmente infectados por tripanosomas presentes no ambiente onde estão inseridos, mesmo os mantidos em cativeiro, como parques zoológicos e centros de conservação. Esses ambientes não estão livres da ação de insetos hematófagos que são transmissores desses tripanosomas e os PNH podem ser infectados durante atividade de repasto sanguíneo do vetor. Assim, o objetivo deste trabalho foi pesquisar tripanosomas em PNH procedentes de quatro zoológicos e um centro de conservação das cinco regiões do Brasil. Foram recebidas 576 amostras biológicas (compreendendo sangue total, soro, esfregaço por extensão e swab conjuntival) de 189 PNH que foram utilizadas para técnica parasitológica de esfregaço por extensão, técnica sorológica de Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e técnica molecular de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e em tempo real (qPCR) para T. cruzi e família Trypanosomatidae. Das 140 lâminas de esfregaço por extensão, duas (1,0%) apresentaram formas sugestivas de tripanosomas, enquanto das 149 amostras de sangue de PNH, 49 (32,9%) amplificaram para T. cruzi ou para outro tripanosoma, além de 49 amostras (32,9%) que quantificaram pela qPCR para tripanosomatídeos (as quais 28 delas não haviam amplificado à PCR). Das 121 amostras de swab conjuntival, 41 PNH (34,7%) amplificaram para tripanosomas. Todos os 166 PNH foram não reagentes à técnica de RIFI. Esta pesquisa apontou a circulação de T. cruzi entre os PNH de cativeiro de todos os zoológicos e do centro de conservação estudados de todas as cinco regiões do Brasil, sendo o primeiro relato da presença de T. cruzi em PNH de cativeiro em Sorocaba, em primatas no Estado da Bahia e em primatas da região Sul do país, e primeiro a apontar a viabilidade do uso de swab conjuntival como método de detecção não invasiva nestes animais. Tais resultados indicam que há circulação de triatomíneos vetores desses parasitos próximos aos animais, o que se sugere a necessidade de busca ativa para controle vetorial. |