A idade do edifício: diálogos entre o patrimônio arquitetônico e as teorias de temporalidade e conservação de John Ruskin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Messias, Pamela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180733
Resumo: Após a perda da função social do edifício há o abandono, sua degradação e “morte” por sua ruína. A carta de Veneza (1964) ressalta que a conservação do patrimônio arquitetônico visa à salvaguarda do seu caráter de testemunho da história e do meio em que se situa, ao mesmo tempo em que a Carta de Amsterdã (1974), com base na ciência, fundamenta a conservação como modelo ideal de intervenção no patrimônio arquitetônico e em sua ambiência. Nesse contexto, esta pesquisa tem por objetivo testar se a conservação de edifícios de interesse patrimonial é a melhor prática para manter a sua autenticidade e seu valor de uso, para a preservação da memória coletiva e da identidade de um povo. Levamos em consideração as teorias de John Ruskin e sua intervenção sobre a obra de restauração da Catedral de São Marcos (Veneza, Itália), realizada em 1877, o que promoveu sua conservação. O método aplicado é da arquitetura dialógica, que tem bases na fundamentação teórica de Bakhtin, Ricoeur e Muntañola, relacionando o texto com seu contexto, segundo as dimensões de prefiguração, configuração e refiguração. O contexto é a Inglaterra do século XIX, a vida e formação de John Ruskin. A prefiguração é a atuação profissional de John Ruskin e as influências do contexto para a formulação de suas teorias de conservação. A configuração é o estudo das teorias de conservação de John Ruskin. A refiguração é a conservação da memória coletiva e do uso social da Basílica de São Marcos em Veneza (Itália). Resultados: a intervenção de Ruskin na conservação da Basílica de São Marcos foi significativa para a preservação da autenticidade, da identidade social, do valor de uso social e da memória coletiva veneziana, portanto, a conservação é um método de intervenção que deveria ser a principal política para a salvaguarda do patrimônio arquitetônico. A autenticidade e o uso social do patrimônio são fatores de impacto imediato à preservação da memória coletiva, pois o patrimônio é a chave de rememoração das formas de fazer arquitetura e das formas de interação social da arquitetura com seu povo.