Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Leitão, Juliana Oliveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181405
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Resumo: |
A Pedagogia Histórico-Crítica vem ocupando um importante espaço nos estudos e pesquisas a respeito da educação brasileira contemporânea e na constituição de propostas pedagógicas, construindo um pensamento educacional de referencial marxista. Desde o início da década de 1980 os autores que se apóiam nessa pedagogia têm estudado e discutido os problemas educacionais da escola contemporânea, esclarecendo os fundamentos filosóficos de teorias que desencadearam estes problemas e que legitimam discursos hegemônicos que corroboram a crise na educação. Para além dessa contribuição, que revela o pano de fundo conservador de teorias e ideias educacionais que se apresentam como propostas aparentemente transformadoras, a Pedagogia Histórico-Crítica defende a escola como cerne dos processos de formação da classe trabalhadora em uma perspectiva que venha extrapolar os limites impostos pelo capitalismo para a realização humana. Na constituição dessa defesa se destaca a importância da prática social precedente e, portanto, da necessidade de um trabalho pedagógico de socialização sistematizada dos conteúdos científicos, artísticos e filosóficos em uma perspectiva materialista, histórica e dialética. Trata-se de uma discussão de relevância, sobretudo por transitarmos em um momento histórico que revela um profundo esvaziamento, proposital, da especificidade da educação escolar. O potencial de humanização que existe na educação escolar, ainda que limitado pelas condições históricas, se justifica pelo interesse das classes dominantes em dispensar esforços na tentativa de cooptar ao máximo a formação dos trabalhadores. Seja pelos ataques conferidos aos professores, como os que temos visto com movimento conservador Escola Sem Partido e o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), ou por meio de reformas educacionais, como o Novo Ensino Médio e a consolidação problemática da Base Nacional Comum Curricular. Identificamos, a partir de leituras de documentos regulatórios e abordagens metodológicas atuais, uma realidade educacional problemática na qual o ensino de Arte emerge como disciplina que se distancia de seu objeto: a arte. Entregue às atividades práticas, fragmentadas e com referências limitadas ao cotidiano capitalista, distancia-se de sua finalidade de formação dos sentidos para a humanização. Discutimos nesta pesquisa o objeto específico ao campo da arte, em sua condição passada e presente, para explicitarmos a especificidade do ensino de Arte e como a Pedagogia Histórico-Crítica, fundamentada no materialismo histórico dialético, aponta a necessidade de conduzir os alunos à apropriação desse conhecimento. Sendo assim, propomos uma reflexão sobre a especificidade do ensino de Arte a partir da compreensão da arte como trabalho criador e como conhecimento sensível da realidade humana. |