Félix Casaverde, violão negro: identidade e relações de poder na música da costa do Peru

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Elias Llanos, Carlos Fernando [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95138
Resumo: A partir da obra do violonista peruano Félix Casaverde, o presente trabalho disserta sobre as diversas tensões que perpassam o trabalho do referido músico e seu contexto político e cultural. Desde uma abordagem crítica das relações de poder na música, revisamos alguns aspectos da convivência social, atravessados pelas definições de racismo, discriminação e exclusão, que delimitaram a construção das alteridades na cidade de Lima, a capital do Peru, entre finais do século XIX e grande parte do século XX. Nesse marco histórico, apresentamos os conceitos de “Peru negro” e “Negro do Peru” com os quais comentamos o chamado “renascimento” afroperuano da década de 1950 e seus vínculos com os conceitos de negritude e afrodescendência influenciados, principalmente, pelos movimentos dos direitos civis nos Estados Unidos. No final, tenta-se traçar um elo entre as questões expostas ao longo da pesquisa e o relato contextualizado das músicas que povoam a memória do violonista. A análise da suíte composta por ele, Cuatro Tiempos Negros Jóvenes, se propõe como exemplo prático de sua síntese artística e política, em resposta aos sentidos e escalas de valor da interpretação e a estética cultural-musical do seu tempo.