Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Paiva, Isabela Gaseta Ferraz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215053
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Resumo: |
Os receptores ativados da proliferação de peroxissomos (PPARs) compõem uma subfamília de receptores nucleares. Três isoformas, codificadas por genes separados, foram identificadas até então: PPARA (Alfa, α), PPARB (beta, β/δ) e PPARG (gama, γ). Esses receptores, que agem como fatores de transcrição, exibem diferentes funções e distribuições nos tecidos. Até o presente momento, sabe-se que os genes regulados pelos PPARs participam principalmente da regulação de proteínas chave, envolvidas no metabolismo intra e extracelular de lipídeos, oxidação de ácidos graxos e processos inflamatórios. O PPARA, em especial, é expresso em vários tecidos metabolicamente ativos, incluindo fígado, rim, coração, músculo esquelético, tecido adiposo e nos macrófagos que além de fazerem parte do sistema imunológico, possuem um papel importante no metabolismo lipídico. Pela sua influência na regulação lipídica e pelo fato da sua atividade ser facilmente modulada por drogas sintéticas, o PPARα é considerado um alvo muito importante para o tratamento eficaz das dislipidemias. Desordens lipídicas têm sido relatadas em pacientes humanos e até mesmo em cães domésticos com Leishmaniose Visceral (LV) ativa. A LV no Brasil é uma doença parasitária causada pela infecção de macrófagos do hospedeiro pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida pelo flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, tendo como principais reservatórios os canídeos selvagens e cães domésticos. Nesse contexto, o PPARα pode-se mostrar como um possível gene candidato a contribuir com o risco geneticamente determinado da LV. Em um estudo caso-controle realizado pelo nosso grupo na área endêmica de Teresina-PI genótipos contendo o alelo mutado 162V foram significativamente mais freqüentes entre indivíduos com LV do que entre todos os indivíduos não infectados (p= 0.007). Além disso indivíduos sadios possuindo pelo menos um alelo mutado 162V, apresentam quase quatro vezes mais chances de contrair a doença do que indivíduos que não possuem a mutação (razão de chances 3,91 e intervalo de confiança 1,38-11,07). O presente projeto tem por objetivo utilizar a tecnologia CRISPR-Cas9 para a geração de macrófagos geneticamente modificados para conter a mutação L162V do gene PPARA humano, com o intuito de avaliar o papel da variante alélica L162V do gene PPARα no estabelecimento e desenvolvimento da Leishmaniose Visceral. |