Concepção sobre vacinas e condições de vida: estudo das famílias de crianças faltosas à vacinação, Bauru - 2000

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Gatti, Márcia Aparecida Nuevo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/98504
Resumo: O presente estudo refere-se a 79 crianças menores de 6 anos de idade, residentes em um bairro periférico, Pousada da Esperança I e II, cadastradas na Unidade Básica de Saúde da Vila São Paulo, Bauru (SP), faltosas na ficha de registro existente na sala de vacina. Com o objetivo de identificar as características sócio-familiares, grau de conhecimento sobre vacinas, situação vacinal real e razões alegadas que possam estar relacionadas com o atraso no esquema de imunização, foi realizado um inquérito familiar no domicílio com o universo dos faltosos. Do total, foram localizadas 47 crianças, sendo que as perdas foram explicadas pela grande mobilidade das famílias, decorrente da precariedade social que as caracteriza. Trata-se de famílias numerosas do tipo conjugal, em constituição, cujos responsáveis têm baixo grau de escolaridade e encontram-se sem ocupação ou em atividades produtivas predominantemente manuais não qualificadas. Noventa e oito por cento das famílias encontram-se na condição de pobreza, com rendimentos mensais inferiores a 0,25 SMNpc. Encontrou-se uma boa concepção sobre a relevância das vacinas em geral e parte do calendário vacinal. Dentre as razões alegadas para o atraso vacinal, encontram-se: esquecimento, doença da criança, horário de funcionamento da UBS e distância da moradia em relação à UBS. Observou-se, por fim, que 64% das crianças tidas como faltosas pela UBS estavam em dia em relação ao calendário vacinal. Conclui-se que a ênfase educativa deveria incluir todas as vacinas do calendário e que deveria ser adotada a busca ativa na investigação dos faltosos, enquanto o serviço de saúde não for oferecido a todos e não estiver conectado a um sistema de informação integrado.