Reação de genótipos de meloeiro ao oídio das cucurbitáceas, métodos para identificação de raças e progresso de doença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rabelo, Hudson de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148912
Resumo: O uso de resistência genética é considerado uma das melhores estratégias de manejo do oídio das cucurbitáceas (Podosphaera xanthii). Nesse sentido, a identificação de genótipos resistentes faz-se necessária a fim de fornecer aos programas de melhoramento novas fontes de variabilidade. Entretanto, ocorrência de raças do patógeno e a falta de padronização nos métodos de identificação têm dificultado a identificação acurada de raças do patógeno, como também a utilização de resistência genética contra o oídio das cucurbitáceas. A falta de métodos adequados tem dificultado a avaliação de incidência de oídio de modo quantitativo. O método Tripleto-Septeto visa à internacionalização da identificação de raças de oídio pelo uso de 21 linhagens diferenciadoras. O método “Area Under Disease Progress Stairs” (AUDPS) é um método essencialmente derivado do “Area Under Disease Progress Curve” (AUDPC), e ambos têm sido utilizados na avaliação de progressos de doença em outras espécies, ajudando na identificação de genes de efeito menor para resistência. O presente trabalho teve por objetivo identificar uma raça de P. xanthii em casa de vegetação, na UNESP-FCAV, bem como a reação de genótipos de meloeiro a essa raça, e identificar uma raça de oídio das cucurbitáceas em casa de vegetação, por meio do método Tripleto-Septeto, e estimar o progresso do oídio das cucurbitáceas em 21 linhagens diferenciadoras, via AUDPC e AUDPS. No primeiro experimento, foram avaliados 61 acessos de melão, duas cultivares comerciais de melão rendilhado, Louis e Fantasy, seis linhagens-elite de melão rendilhado e a cucurbitácea Benincasa hispida quanto às suas reações a uma população de oídio de ocorrência natural em casa de vegetação, em Jaboticabal-SP. Dos 61 acessos de germoplasma, sete são diferenciadoras de oídio: PI 414723, ‘PMR 45’, ‘PMR 5’, ‘WMR 29’, ‘Edisto 47’, ‘Nantais Oblong’ e ‘Védrantais’. A terceira folha verdadeira de cada planta foi inoculada, sete dias após o transplantio, com fragmentos de micélio coletados em plantas suscetíveis. A severidade da doença foi avaliada aos 42 dias após a inoculação, baseando-se em escala diagramática. O segundo experimento abordando o método Tripleto-Septeto e progressos de doenças foi conduzido em uma casa de vegetação com uma população de oídio de ocorrência natural, em Salinas, Califórnia. A severidade de oídio foi avaliada nas 21 diferenciadoras, aos 15, 22, 32 e 41 dias após a inoculação (DAI), com base em escala diagramática. A identificação da raça considerou somente a última avaliação, enquanto AUDPC e AUDPS, além de suas padronizações, consideraram as quatro avaliações. Foi identificada a raça 4 de P. xanthii em meloeiro, no estado de São Paulo, pela primeira vez. Os genótipos A19, A32, Solarking, PI 124111, PI 414723, A30, JAB-11, JAB-20, JAB-3, B. hispida, JAB-7, C384, C67, ‘Edisto 47’, ‘PMR 5’, JAB-9 e JAB-18 foram resistentes à raça 4 de P. xanthii. A diferenciadora ‘Nantais Oblong’ é suscetível à raça 4 de P. xanthii. Foi identificada a raça anteriormente denominada S, agora designada como 127.127.126 pelo Tripleto-Septeto. AUDPS identificou maiores índices de doença que AUDPC, bem como seus resultados corroboraram aqueles obtidos pelo método convencional de identificação. AUDPS pode ser utilizada para avaliação de progresso de doença do oídio das cucurbitáceas.