Levantadas do chão: a construção da identidade de gênero no processo implementação das políticas públicas agrárias para as mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rocha, Qelli Viviane Dias [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/98605
Resumo: Historicamente, tratar a questão da mulher em relação à luta pela terra no Brasil significa remeter ao predomínio das relações patriarcais/paternalistas, à sociedade agrária colonial e à estrutura familiar que assumia o papel de organização fundamental, desempenhando as funções econômicas e políticas num sistema em que a concentração fundiária era característica. Na proposta de reforma agrária do Estado, a desigualdade entre trabalhadores e trabalhadoras se apoia principalmente nos hábitos culturais e no direito positivo que, por muito tempo, se orientou pela salvaguarda da propriedade privada e pelo liberalismo. Neste contexto, a mulher também é compreendida como elemento que compõe a família e, nessa perspectiva, sua individualidade cai no plano da invisibilidade, do privado, sem expressão na esfera política. Destarte, a dissertação que ora se apresenta objetiva contribuir para análise da construção e/ou fortalecimento da Identidade de Gênero (feminino) no processo de implementação de Políticas Públicas Agrárias. Para tanto, compreende-se que esta estrutura fundiária tem por base a organização do modo de produção capitalista e a exploração do homem pelo homem. Neste sentido, verifica-se que no processo de produção e reprodução social, por meio da sociabilidade capitalista, as relações entre gêneros (masculino e feminino) são construídas de forma bipolar de modo que estabeleçam relações dicotômicas. Ao homem destina-se o espaço público (político) e valorizado e, à mulher, o espaço privado (lar) e desvalorizado. Malgrado, compreende-se ser a divisão social do trabalho a instância ideológica sob a qual homens e mulheres se constroem e constroem sua representação do mundo. Na sociedade capitalista verifica-se que a classe hegemônica dominante, para manter seu poder, lança mão sobre os aparelhos ideológicos...