Caracterização imunoistoquímica comparativa de subgrupos de células dendríticas e oncogênese viral no carcinoma espinocelular oral e orofaríngeo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silveira, Heitor Albergoni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191917
Resumo: O carcinoma espinocelular (CEC) de cabeça e pescoço (CECCP) é o quinto tipo de câncer mais comum e a sexta causa de morte por câncer. Recentes estudos enfatizam o CEC oral (CECO) como uma entidade distinta do CEC de orofaringe (CECorof), com este último apresentando melhor prognóstico e estreitamente associado com infecção pelo papilomavírus humano (HPV). A etiologia do CECCP é multifatorial; porém, o CECO está relacionado com abuso do tabaco e álcool, enquanto o CECorof está frequentemente associado com infecção pelo HPV. As células dendríticas (CDs) são importantes células as quais regulam repostas imunes, incluindo aquelas vinculadas à tumorigênese, estabelecendo conexão entre o sistema imune inato e adaptativo. Estão divididas em dois grupos: CDs mieloides (CDmi) e CDs plasmocitóides (CDp), incluindo CDs imaturas (CDim) e CDs maduras (CDm). O objetivo do nosso estudo foi analisar comparativamente, através da técnica de imunoistoquímica (IQ) e hibridização in situ (HIS), a infiltração de CDmi e CDp, incluindo subgrupos de CDim e CDm, no CECO (n=109) e CECorof (n=126), bem como analisar a oncogênese viral (HPV amplo espectro, alto risco (ARHPV) e baixo risco (BRHPV) oncogênico e vírus Epstein-Barr [VEB]) por HIS. O CECOrof (25%) comparado com o CECO (11%) mostrou associação significativa com o HPV. No CECorof e no CECO, 19 e 7 mostram positividade para ARHPV (somente), 6 e 3 BRHPV (somente) e 3 e 2 ARHPV/BRHPV (co-infecção), respectivamente. Os tumores HPV-positivos comparados com os HPV-negativos apresentaram índice proliferativo significativamente maior através dos marcadores Ciclina D1 e Ki-67. O CECO associado ao ARHPV e ao BRHPV apresentou maior taxa de sobrevida global. No geral, os marcadores para imDC, foram significativamente mais frequentes no CECorof do que no CECO. Diferentemente, CECO e CECorof apresentaram maior número de marcadores de CDs submucosas (CDsub). Ambas as neoplasias apresentaram quantidades semelhantes de CDp ativadas. O grupo HPV+ mostrou um número maior de CDs em ambas as neoplasias do que o grupo HPV-. Vale ressaltar que um número significativamente maior de células CD207+ e CD123+ foi observado no CECorof HPV+ do que no CECO HPV+. Concluimos que diferente do CECO, nossos resultados mostram no CECorof predominância de CDim, com perfil de ativação de células imunes. A presença do HPV parece mostrar associação com a infiltração de CDs em ambas as neoplasias, sugerindo respostas imunes antivirais no CECorof HPV+.