A trajetória ética e estética dos narradores da Obra reunida, de Campos de Carvalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Josiane Gonzaga de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103706
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar a trajetória dos narradores da Obra reunida (2002), de Walter Campos de Carvalho. Para tanto, partimos de uma característica comum aos quatro romances, que é a exploração do tema da loucura, aqui vislumbrada enquanto desvio comportamental. Essa perspectiva torna-se relevante na medida em que possibilita a observação dos aspectos de ordem ética que subjazem a essas narrativas e, ainda, suas peculiaridades estéticas. Com relação ao primeiro eixo de discussão, foram adotados os apontamentos de Michel Foucault (2006) sobre o processo de constituição ética dos indivíduos. De acordo com o filósofo, o sujeito ético é aquele capaz de elaborar para si uma moral voltada para as formas de subjetivação, problematizando a moral social, por meio de uma série de exercícios de autoconstituição, denominados técnicas de si. Portanto, tomando como base a abordagem foucaultiana, a hipótese desta pesquisa consiste em, por meio da tensão entre os aspectos transgressivos e éticos presentes na constituição dos protagonistas de Campos de Carvalho, observá-los como imagens poéticas que, nos termos de Octávio Paz (2006), são capazes de congregar em si conceitos e sentidos opostos. No que diz respeito às questões estéticas, a problemática da loucura permite, ainda, investigar alguns dos procedimentos de escrita adotados pelo escritor mineiro que remontam ao nonsense, gênero literário da Era Vitoriana; e ao absurdo, que revela tanto a rejeição do pensamento racional e do bom senso quanto uma percepção filosófico-existencial difundida pela dramaturgia do Teatro do Absurdo