Recuperação de alevinos de pacu (Piaractus mesopotamicus) e tilápia (Oreochromis niloticus) sobreviventes à intoxicação aguda por fipronil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ignácio, Naiara Fernanda [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154564
Resumo: Objetivou-se avaliar a capacidade de recuperação de alevinos de peixes das espécies de cativeiro pacu (Piaractus mesopotamicus) e tilápia (Oreochromis niloticus) após a intoxicação aguda com fipronil. A capacidade de recuperação foi avaliada nos peixes sobreviventes as concentrações de fipronil (Regent® 800WG) (0,56; 0,59; 0,61 e 0,64 mg.L-1 para o pacu; e 0,9; 0,11; 0,15 e 0,20 mg.L-1 para a tilápia) que causaram aproximadamente 10, 30, 50 e 70% de mortalidade após 24 horas de exposição aguda. Os peixes sobreviventes foram transferidos para água limpa. As avaliações foram realizadas no dia da transferência para a água limpa, e aos 15 e 30 dias de recuperação. Foram avaliadas as lesões em tecidos de brânquias, fígado e rins, e a atividade da enzima acetilcolinesterase (AChE) no cérebro e no músculo. Os sinais observados foram natação errática, espasmos musculares e mudança de coloração. Após 24 horas de exposição aguda, o fipronil, nas concentrações avaliadas, causou lesões estruturais nas brânquias, fígado e rins dos peixes, entre 70 e 73% de inibição da atividade da AChE no cérebro e entre 20 e 35% da AChE no músculo. Os peixes se recuperaram completamente dos sinais de intoxicação no terceiro dia. Aos 30 dias de recuperação, os peixes das duas espécies se recuperaram das lesões nos tecidos das brânquias, fígado e rins causadas pelo fipronil em concentração nas águas de até 0,61 mg.L-1 para o pacu, que causa até 54,2 % mortalidades; e de até 0,15 mg.L-1 para a tilápia, que causa até 46,7% de mortalidade. Em concentrações superiores a estas, o fipronil causou maior mortalidade e os peixes não se recuperaram totalmente. Os 30 dias em água limpa não são suficientes para a recuperação total da atividade da AChE, o que não altera o peso corpóreo. Portanto, os limites de aceitabilidade de inibição da atividade da AChE após 24 horas de exposição aguda ao fipronil é de 70% no cérebro dos peixes de ambas as espécies, 30% no músculo de pacu e 22% no da tilápia. As concentrações de fipronil não alteram as variáveis de qualidade de água.