Resistência de união ao microcisalhamento de sistemas adesivos autocondicionantes de 2 passos: efeito de novas formulações de dentifrícios em substrato dentinário normal e hipermineralizado artificialmente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ohata, Gabriela [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150214
Resumo: Um dos principais responsáveis pelo sucesso nos tratamentos restauradores são os sistemas adesivos, uma técnica que tem ganhado grande atenção na atualidade é a que faz uso de sistemas autocondicionantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de união de diferentes sistemas adesivos autocondicionantes de 2 passos, com graus de acidez distintos, frente ao tratamento prévio com novas formulações de dentifrícios, em substrato dentinário normal e hipermineralizado artificialmente. Cento e vinte oito dentes incisivos inferiores bovinos hígidos foram selecionados e aleatoriamente divididos em 2 categorias de acordo com o tipo de dentina: normal (N=64) e hipermineralizada (N=64). Os dentes tiveram sua superfície vestibular desgastada para expor superfície dentinária plana e lixados para a exposição de uma superfície dentinária uniforme e padronizada. Os dentes foram aleatoriamente divididos em dois diferentes grupos, de acordo com o tipo de adesivo autocondicionante utilizado: Clearfil SE Bond (grupo C) (n=32) e AdheSE (grupo A) (n=32). Foram então aleatoriamente divididos em quatro subgrupos, de acordo com o tipo de dentifrício aplicado ou a ausência deste. Os subgrupos são: (1) Condicionamento convencional - aplicação do sistema adesivo autocondicionante segundo recomendações do fabricante (n1=8) (2) Escovação da superfície dentinária com dentifrício Colgate Pró-alívio (Pro-Argin®, Palmolive) + aplicação do sistema adesivo autocondicionante segundo recomendações do fabricante (n2=8); (3) Escovação da superfície dentinária com Biorepair (Dr.Kurt Wolff, Bielefeld, Germany) + aplicação do sistema adesivo autocondicionante segundo recomendações do fabricante (n3=8); (4) Escovação da superfície dentinária com Regenerate Enamel Science (Unilever) + aplicação do sistema adesivo autocondicionante segundo recomendações do fabricante (n4=8). Matrizes transparentes cilíndricas foram posicionadas sobre cada superfície de dentina tratada com os adesivos testados, preenchidas com resina composta (FiltekTM Z350 XT - 3M ESPE) e fotoativadas por 20s. Após período de armazenagem de 24 horas em ambiente úmido, a 37oC, os espécimes foram adaptados a um dispositivo para resistência de união ao microcisalhamento em uma máquina de ensaios mecânicos. Em seguida, o padrão de fratura de cada espécime foi determinado. As diferenças entre os grupos foram determinadas utilizando os testes Two-Way ANOVA e Tukey, com nível de significância de 5%. Os valores de resistência de união ao microcisalhamento (MPa) em dentina normal para o Clearfil SE Bond foram: 1.Controle: 173,45±103,22; 2.Colgate: 195,33±51,66; 3.Biorepair: 208,10±126,53; 4. Regenerate: 203,33±88,12; e para o AdheSE foram: 1.Controle: 122,98±53,49; 2.Colgate: 65,70±35,66; 3.Biorepair: 108,35±76,08; 4. Regenerate: 72,96±35,56. E em dentina hipermineralizada os valores para o Clearfil SE Bond foram: 1.Controle: 171,68±66,15; 2.Colgate: 179,44±107,98; 3.Biorepair: 145,12±53,14; 4. Regenerate: 202,00±79,75; e para o AdheSE foram: 1.Controle: 73,49±62,51; 2.Colgate: 58,33±31,95; 3.Biorepair: 78,85±40,49; 4. Regenerate: 72,01±43,49. Foram observadas fraturas predominantemente adesivas. Ao analisar os fatores adesivo, dentina e interação foi encontrada diferença significativa apenas para o adesivo (p<0,0001), concluindo que a resistência ao microcisalhamento é dependente do fator adesivo, mas não em relação ao tipo de dentina ou tratamento prévio. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que a aplicação de dessensibilizante em associação com um sistema adesivo compatível pode ser utilizada quando se tenta controlar a hipersensibilidade, sem interferência com a resistência adesiva.