Avaliação da analgesia intraoperatória e pós-operatória em pacientes submetidos à colecistectomia por videolaparoscopia sob anestesia geral com indução anestésica realizada utilizando sufentanil ou fentanil. Estudo comparativo e randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Menezes, Daniel Carvalho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255190
Resumo: Introdução: a ocorrência de tolerância aguda e de hiperalgesia induzida por opioides tem sido descrita mesmo com a exposição a doses clínicas habituais de remifentanil durante o período perioperatório. Especula-se que sufentanil e fentanil têm potenciais diferentes para promover redução da dose intraoperatória do remifentanil. Objetivo: avaliar o benefício, em relação à analgesia intraoperatória e pós-operatória, da utilização de sufentanil, quando comparado ao fentanil, durante a indução anestésica de anestesia geral para cirurgias de colecistectomia por videolaparoscopia. Método: após análise preliminar com 40 pacientes, determinou-se que 76 pacientes divididos em dois grupos (1:1) seriam necessários para testar a hipótese de que o sufentanil, em comparação com o fentanil, em doses supostamente equipotentes, diminui a necessidade do uso de remifentanil, para complementação analgésica no intraoperatório, em pacientes submetidos à colecistectomia por videolaparoscopia. Os pacientes foram submetidos à anestesia geral venosa total. Após indução com propofol em infusão alvo controlada, os grupos diferiram apenas pelo opioide utilizado na indução da anestesia. Grupo fentanil: fentanil 4 µg/kg e Grupo sufentanil: sufentanil 0,4 µg/kg. De acordo com variações definidas de pressão arterial e frequência cardíaca, foi realizada a infusão contínua de remifentanil. Foram avaliados, também, a intensidade de dor e o consumo de morfina na sala de recuperação pós-anestésica, assim como a ocorrência de náuseas, vômitos, prurido, sonolência e depressão respiratória. Resultados: as medianas (1o - 3o quartis) da dose de remifentanil (µg/kg/min) nos grupos fentanil e sufentanil foram, respectivamente, 0,072 (0,032 - 0,126) e 0,028 (0 - 0,061), p = 0,003. Não existiu diferença, entre os grupos, na intensidade da dor e no consumo de morfina na sala de recuperação pós-anestésica (p > 0,05), bem como na incidência dos efeitos adversos (náuseas, vômitos, prurido, sonolência e depressão respiratória) (p > 0,05). Conclusão: em colecistectomias por videolaparoscopia, a indução anestésica com o sufentanil, em comparação com o fentanil, diminui a necessidade de utilização de remifentanil no intraoperatório, mas, no período da sala de recuperação pós-anestésica, não modificou as características da dor pós-operatória e a ocorrência de efeitos adversos.