Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Andréa Ramos de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150663
|
Resumo: |
Muitos são os estudos sobre formação de professores com foco no protagonismo docente e na valorização da prática que têm representado valiosa contribuição para a educação, apontando a necessidade de investimentos em políticas públicas de formação docente, concretizadas por programas, especialmente na área da alfabetização. Nesse sentido, o estudo de caso apresentado tem a intenção de investigar qual a relação que se pode estabelecer entre a formação continuada de professores efetivada a partir de programas governamentais e a ação docente propriamente dita, objetivando avaliar as contribuições oportunizadas por um programa de formação continuada na área de Língua Portuguesa – Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) – à prática de professores do terceiro ano do Ensino Fundamental em duas escolas selecionadas da rede municipal de ensino de Birigui-SP. Optou-se pelo estudo de caso, de natureza qualitativa e interpretativa, dada a intencionalidade explicitada de compreender a realidade posta pelo advento do PNAIC aos professores das escolas selecionadas, justificando-se a pertinência da escolha dada a possibilidade de considerar, num recorte específico, o quanto os sujeitos pesquisados incorporaram em seu trabalho cotidiano as concepções abordadas durante o Pacto. Defende-se, neste trabalho, que, através do desenvolvimento de posturas reflexivas dos docentes e com uma formação continuada voltada ao trabalho com gêneros discursivos, a escola terá a possibilidade de “fazer a diferença”, a fim de diminuir a exclusão e o insucesso escolar de suas crianças no que concerne à leitura e à escrita. Para constituição do corpus de análise, foram utilizados questionários aplicados aos sujeitos pesquisados – professores que lecionam em turmas de 3º ano do ensino fundamental e gestores –, levantamento e estudo de planejamento de aulas e sequências didáticas, observação de aulas, entrevista coletiva e pesquisa documental. Os dados coletados permitem inferir que, na visão dos gestores, não houve integração entre as ações formativas do PNAIC e as desenvolvidas pelas unidades escolares, uma vez que as atividades do Pacto não estavam integradas às discussões coletivas das Horas de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPCs). Ainda que coordenadores pedagógicos e diretor de escola investigados tenham sido incluídos pela Secretaria Municipal de Educação (SME) no curso, essa articulação de proposta de formação não foi consolidada nas escolas. No tocante aos professores, o silêncio de uma escola, cujos docentes se recusaram a responder os questionários por não desejarem que suas impressões sobre o PNAIC fossem divulgadas, principalmente que não chegassem à SME, e algumas críticas tecidas pelos professores que preencheram o documento enviado à unidade, bem como outros instrumentos de coleta de dados utilizados, permitem concluir que o PNAIC não representou mudança significativa de concepção de trabalho com a língua. Entende-se que, se efetivada a articulação entre as propostas formativas do Ministério da Educação, da própria rede e da escola, as ações do programa, talvez, pudessem ter sido efetivamente apreendidas e possivelmente convertidas em mudanças no fazer docente. |