Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Machado, Francielly Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181111
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Resumo: |
O vírus Zika (ZIKV) é um vírus do gênero Flavivirus. Em humanos, o modo de transmissão mais comum é através da picada do mosquito Aedes aegypti. Entretanto, evidências recentes têm sugerido a transmissão sexual do ZIKV. Embora alguns estudos preconizem o testículo e a próstata como os principais órgãos que colaboram nessa forma de transmissão, pouco se sabe sobre quais tipos celulares destes tecidos são mais suscetíveis a esse vírus. Além disso, a infecção com linhagens distintas do ZIKV em modelos in vitro e in vivo tem demonstrado que a resposta do hospedeiro à infecção é cepa-dependente. Descobertas recentes indicam que esse vírus desregula o perfil de miRNAs celulares e que esse é um importante evento ao longo da infecção. Nesse estudo, avaliamos a suscetibilidade, a permissividade e o perfil de miRNAs celulares de células humanas epiteliais prostáticas (PNT1A) à infecção por duas diferentes cepas do ZIKV, uma cepa africana clássica, MR766 (ZIKVMR766) e uma circulante no Brasil, ZIKVBR. Para isso, células PNT1A foram infectadas com as cepas do ZIKV e submetidas ao ensaio de imunofluorescência indireta para a proteína do envelope viral; foram monitoradas quanto à produção de partículas virais infecciosas e cópias de RNA viral por ensaio de formação de placas e qPCR, respectivamente e analisou-se o perfil de miRNAs celulares por PCR array. Os resultados mostraram que células prostáticas humanas foram suscetíveis e permissivas à infecção pelo ZIKV e não apresentaram nenhuma imposição quanto a infecção por linhagens distintas desse vírus. As cepas testadas não diferiram quanto à cinética de replicação em células de próstata, mas diferiram quanto á modulação da expressão de miRNAs celulares. Após a infecção, 16 miRNAs celulares foram modulados em células de próstata, um pequeno grupo de 6 miRNAs foram modulados por ambas as cepas, enquanto um grupo de 10 miRNAs foram modulados exclusivamente pelo ZIKVBR. Análises in silico identificaram que o grupo exclusivo de miRNAs regulados na infecção pela cepa brasileira do ZIKV pode regular genes e vias associadas a inflamação, imunidade, sobrevivência celular e proliferação celular. Nossos resultados indicam que a próstata pode ter um importante papel na transmissão sexual do ZIKV e destaca que cepas diferentes do vírus Zika podem induzir uma expressão diferencial de miRNAs celulares, a qual pode influenciar nas diferenças fisiopatológicas após infecção por diferentes cepas. |