Discurso político no folheto de cordel: a besta-fera, o padre Cícero e o Juazeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Grangeiro, Cláudia Rejanne Pinheiro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103618
Resumo: O mundo contemporâneo vem passando por diversas transformações em todas as dimensões da atividade humana, o que desaguou num estágio denominado por muitos pesquisadores de pósmodernidade. Vivemos na sociedade do espetáculo, na qual a mercadoria contempla a si mesma no mundo que ela criou [...] e o espetáculo é o capital em tal grau de acumulação que se torna imagem, de acordo com Guy Debord (1994). Tais transformações certamente atingiram a fala política, passando dos grandes debates ideológicos da década de 70, por exemplo, para o império das formas breves, a apropriação do discurso das mídias pelo discurso político, a hegemonia das imagens. Partindo de tais premissas e considerando que cada localidade é afetada de forma particular pelas tendências do seu tempo, propusemo-nos estudar o discurso político no contexto da cidade de Juazeiro do Norte-CE, analisando os mecanismos de constituição deste discurso nos folhetos de cordel Engana-me que eu gosto e Engana-me que eu gosto 2, de Abraão Batista, polêmicos folhetos que circularam nessa cidade por ocasião das eleições municipais do ano 2000. Os fundamentos teóricos que norteiam as análises são as teorias desenvolvidas no âmbito da corrente francesa de Análise do Discurso preconizada pelo grupo em torno de Michel Pêcheux, para a qual concorreram de forma significativa os postulados teórico-metodológicos da Arqueologia do Saber de Michel Foucault, como, por exemplo, a noção do enunciado como um nó em uma rede, cuja interpretação deve necessariamente articular uma memória e uma atualidade. Baseando-nos, pois, em tais fundamentos, o trabalho propõe-se a: 1. Analisar, pela ótica da Arqueologia do saber (Foucault, 1997), os efeitos de sentido produzidos pelas apropriações por parte do discurso político...