Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Tinti, Lucas dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183139
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Resumo: |
O presente trabalho busca compreender o processo de resistência camponesa à presença e métodos utilizados pelo agronegócio através do Complexo Celulose Papel (CCP) no Vale do Paraíba Paulista (VPP), evidenciando o conflito territorial existente entre o campesinato e o agronegócio na região. Para lograr o objetivo proposto apresentamos como ponto de partida o debate a respeito da disputa de diferentes modelos de desenvolvimento para o campo, geradores de conflitos ao longo da história. Estes estão materializados pelo agronegócio, modelo hegemônico vinculado ao modo de produção capitalista, e pela(s) agricultura(s) camponesa(s), modelo alternativo e de resistência ao agronegócio, no qual o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) emerge com um dos principais representantes. Na sequência, nos debruçamos sobre a constituição e especificidades desses dois modelos de desenvolvimento para o campo na região do VPP, na qual o CCP é o principal expoente do agronegócio e a luta pela terra do MST, a principal resistência camponesa. Aqui, é dedicado um olhar mais acurado aos assentamentos de reforma agrária Nova Esperança, no município de São José dos Campo, e Olga Benário, no município de Tremembé. À sequência, voltamos atenção à atual resistência camponesa protagonizada pelo MST na região do VPP, materializada na formulação do Programa de Reforma Agrária Popular (RAP). Procuramos identificar quais ações ligadas a tal formulação vêm sendo construídas na região e quais os desafios que vêm sendo impostos para o seu avanço enquanto alternativa de um novo modelo de desenvolvimento que nega o agronegócio. Entre os principais elementos a serem trabalhados a respeito do avanço da RAP na região está a produção de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Por fim, trazemos elementos contemporâneos a respeito da continuidade da resistência camponesa dentro do contexto do golpe jurídico-midiático-parlamentar e as respostas aos desafios colocados por este para a continuidade da construção da RAP, identificando assim que esta não apenas é necessária como vem avançando rumo a construção de um outro modelo de desenvolvimento para o campo. Além da revisão bibliográfica foram realizadas entrevistas com camponeses dos assentamento Nova Esperança, Olga Benário e lideranças do MST na região. |