Estudo da composição química, citotoxicidade e alvos da atividade antifúngica de Melaleuca alternifolia Cheel (Myrtaceae) e de Plinia cauliflora (Mart.) Kausel (Myrtaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Moreira, Tatiana Maria de Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/104770
Resumo: O gênero Candida é causa frequente de infecção da mucosa oral e vaginal, sendo motivo de preocupação na área de saúde devido à reincidência das infecções, crescimento de infecções sistêmicas, resistência de diversas cepas e toxicidade dos antifúngicos. Plantas medicinais são usadas popularmente no tratamento de candidíases e por este motivo, busca-se, além de avaliar a composição fitoquímica do óleo de Melaleuca alternifolia (Myrtaceae) e do extrato de Plinia cauliflora (Myrtaceae), verificar o mecanismo de ação destas amostras sobre diferentes espécies de Candida. A constituição do óleo essencial de M. alternifolia está descrita na literatura e por cromatografia gasosa identificou-se a presença de substâncias importantes da sua composição na amostra utilizada. Foi traçado o perfil cromatográfico do extrato das folhas e das frações de P. cauliflora para conhecer sua constituição. Foram isoladas duas miricetinas e duas quercetinas glicosiladas e o elagitanino casuarinina. Na avaliação da atividade anti-Candida, o óleo essencial apresentou-se fungicida, com concentração citotóxica de 50% na mesma faixa. Entre as amostras avaliadas de P. cauliflora, o extrato, a fração butanólica e a fração enriquecida com o derivado elágico apresentaram a melhor atividade, foram fungistáticas e a concentração citotóxica foi maior que a concentração ativa. O óleo essencial mostrou-se inibidor da formação de hifas, reduziu a quantidade de ergosterol, sem se ligar a este composto e promoveu alterações significativas principalmente na parede celular da forma filamentosa. Por outro lado, as frações mais ativas de P. cauliflora inibiram o desenvolvimento de hifas, mas estimularam a síntese de ergosterol e indicaram ter mais de um alvo de ação, ligando-se ao ergosterol e agindo externamente por modificação do arranjo da parede celular das espécies...