Informalidade urbana e segregação socioespacial em Bauru: o caso do Jardim Niceia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cunha, Márcia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192800
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo compreender como o processo de informalidade urbana e segregação socioespacial impacta nas condições de vida dos moradores do assentamento informal do Bairro Jardim Niceia, no município de Bauru. Para cumprir esse propósito, as técnicas de pesquisa utilizadas foram observação participante como voluntária do projeto Voz do Niceia e membro das oficinas socioterritoriais do CRAS Jardim Europa; pesquisa documental referente aos 205 cadastros com dados socioeconômicos dos moradores do Jardim Niceia, realizados pela SEPLAN; informações oficiais com o poder público mediante solicitações de informações sobre o atendimento das famílias nas diferentes políticas públicas; e entrevistas semiestruturadas com famílias beneficiárias do BPC. A pesquisa está amparada no método de análise da ciência reflexiva, operacionalizada pelo estudo de caso ampliado. A partir da observação participante é possível considerar que para que os serviços públicos alcancem os cidadãos, é preciso buscar alternativas, pois as ofertadas hoje não atendem às necessidades das famílias. O perfil das famílias aponta para baixa escolaridade; maioria com mulheres como chefe de família; trabalhos menos remunerados e desemprego; e casal com filhos. Quanto ao acesso aos serviços públicos, o de saúde foi o único tangível a todas as entrevistadas, ainda que de difícil acesso. Quanto à situação de informalidade urbana, o impacto para a maioria das entrevistadas é a insegurança da posse, devido ao processo de regularização ainda não ter sido finalizado. A partir disso, geram-se outros desdobramentos que incidem na melhoria no imóvel. Quanto ao processo de segregação socioespacial em que está inserida a ocupação, a maioria das entrevistadas não vê problemas em morar rodeada pelos condomínios de alto padrão; o relacionamento com os moradores desses condomínios se resume às relações de trabalho. O principal problema do bairro apontado foi o acesso aos serviços públicos de saúde; as principais estratégias apontadas para enfrentar as dificuldades referentes às formas de deslocamento aos serviços públicos foram a caminhada, a carona e o carro privado.