Vivências dos enfermeiros na assistência ao paciente com dor oncológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fernandes, Ana Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214948
Resumo: Objetivo: Desvelar os significados das vivências de enfermeiros na assistência aos pacientes oncológicos hospitalizados que passam por eventos dolorosos. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa com abordagem da fenomenologia social de Alfred Schütz, e teve como cenário uma instituição de saúde de grande porte do interior do Estado de São Paulo. Foi aplicado questionário semiestruturado, com perguntas norteadoras: O que significa para você cuidar do paciente diagnosticado com câncer que sente dor? Como você avalia, diagnostica e maneja a dor do paciente oncológico? Devido ao isolamento social, os dados foram coletados remotamente através da plataforma Google Meet e/ou vídeo-áudio do sistema Android ou similar. Além das perguntas norteadoras, os participantes responderam questões acerca de sua formação profissional, faixa etária, e experiência na área de oncologia. As respostas foram gravadas e seus conteúdos transcritos na íntegra. Os dados foram analisados para alcançar sua compreensão e síntese. Resultados: Foram entrevistados nove enfermeiros, e da análise das entrevistas, emergiram quatro temas, para eles: A) O significado do cuidar transcende o cuidar do corpo físico. B) O cuidado é mediado por empatia e sensibilidade, gerando sensações contraditórias, como tristeza e impotência, ao mesmo tempo que gratidão. C) A avaliação da dor é pautada pelo uso de escalas de avaliação, e nos sinais que os pacientes apresentam. D) O manejo da dor inclui o emprego de terapias medicamentosas e não medicamentosas. Todos referiram que o cuidar em oncologia emerge sentimentos desafiadores. Relataram que, na prática diária, avaliam e manejam a dor a partir do conhecimento adquirido ao longo da trajetória profissional, e apontam lacunas em sua formação oncológica. O cuidar em oncologia para eles é permeado de desafios e sentimentos contraditórios, como alegrias e tristezas, que são percebidos a partir da subjetividade do sintoma e da complexidade da doença. Exige do profissional habilidades que vão além da esfera técnico-científica, que muitas vezes não são abordadas durante a formação do enfermeiro. Ressalta-se que a formação dos profissionais deve incluir competências referentes ao cuidar em oncologia. Considerações finais: O desenvolvimento deste estudo trouxe contribuições acerca da necessidade de um novo olhar sobre a formação em saúde, que contemple além da formação técnica, competências humanas, indispensáveis ao processo de trabalho em Oncologia. Evidencia-se a importância de novos estudos a fim de aprofundar o entendimento das questões referentes ao cuidado do paciente oncológico com dor.