Contaminação de águas de pesque-pague por agrotóxicos e cafeína em áreas de cultivo de cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santarossa, Maria Amália da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150539
Resumo: Com esse estudo objetivou-se avaliar a qualidade das águas de pesque-pague quanto a presença de agrotóxicos e cafeína, determinar a toxicidade dessas águas para Daphnia magna e Lemna minor e avaliar o risco ambiental dos contaminantes prevalentes para D. magna, L. minor e Oreochromis niloticus. Para tanto, amostras de águas e de sedimentos de fundo dos tanques de peixes dos pesque-pague foram coletadas trimestralmente entre Junho/2014 e Maio/2015. As determinações dos resíduos de agrotóxicos e de cafeína foram realizadas por LC-MS/MS. As maiores contaminações das águas ocorreram, em ordem decrescente, com a cafeína e com os herbicidas tebutiuron, metolacloro, hexazinona, atrazina, ametrina e clomazone. Os fatores que mais influenciaram a contaminação das águas por agrotóxicos foram as características físicas e químicas dos herbicidas, quantidade de área cultivada com cana-de-açúcar no entorno dos pesque-pague e a coincidência ente as maiores precipitações pluviais e as aplicações dos agrotóxicos. Os lançamentos de efluentes de Estações de Tratamento de Esgoto em águas superficiais que margeiam os pesque-pague foi o fator responsável pela contaminação das águas com a cafeína. As águas dos pesque-pague não apresentaram toxicidade para D. magna e L. minor e a baixa concentração de nutrientes nessas águas foi um fator relevante para a inibição de crescimento de L. minor. O tebutiuron é o agrotóxico prevalente nas águas dos pesque-pague e é mais tóxico para os organismos-teste que a cafeína. Pela toxicidade aguda, o tebutiuron se classifica como de alto risco de intoxicação ambiental para L. minor e um risco de intoxicação ambiental aceitável para D. magna e O. niloticus.