Greenhouse gas emissions and N2o mitigation in beef cattle production on tropical pasture

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cardoso, Abmael da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/135851
Resumo: Metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) são dois dos mais importantes gases de efeito estufa emitidos pela pecuária. Eles são produzidos pelas excretas dos animais e fertilizantes. No Brasil, a quantidade emitida destes gases e opções para mitigação foram pouco exploradas. Uma sequência de 4 experimentos foram realizados em campo (em duas estações chuvosas e duas secas, 106 dias de duração cada) com o objetivo de quantificar as emissões de N2O e CH4, volatilização de NH3 e o fator de emissão (FE) quando aplicadas fezes, urina, fezes + urina e fertilizante ureia em Latossolo Vermelho cultivado com capim-marandu. Investigou-se o efeito da umidade do solo e compactação, composição da urina, volume urinário, e adição de fezes sobre as emissões de N2O em um Latossolo recebendo urina manipulada em condições controladas, bem como nas emissões de CH4. Como opção para mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) foram estudadas as variáveis como as alturas de pastejo que afetam a magnitude das emissões de GEE; a influência estacional na produção e consumo dos GEE; quais são as variáveis chaves associadas com as emissões de GEE em pastagens de capim-marandu. Adicionalmente, investigou se o efeito dietético dos níveis do sal mineral na concentração de N na urina, o volume urinário, a proporção dos compostos nitrogenados na urina e a concentração de N nas fezes em condições de campo. Os FEs de N2O quantificados diferiram de acordo com a excreta e estação do ano. O FEs foram 2,34%, 4.26% e 3,95% na estação chuvosa e 3.00%, 1.35% e 1.59% na estação seca, respectivamente, para fezes, urina e fezes + urina. O FE do fertilizante ureia foi 0,37%. As emissões médias do CH4 acumuladas foram 99,72, 7,82 e 28,64 (mg C-CH4 m2) para fezes, urina e fezes + urina nesta sequência. Quando manipuladas as condições do solo como umidade, compactação e adição de fezes as emissões de N2O foram influenciadas sendo maiores nos tratamentos com adição de fezes. Ao se variar a concentração do N-urinário aplicado (em igual volume de urina) afetou a produção de N2O diminuindo as emissões da maior para a menor concentração de N aplicada e não foi observado efeito ao se variar o volume de urina aplicado (contendo igual concentração de N-urinário). A concentração de KCl adicionada na urina afetou as emissões de N2O de forma curvilínea enquanto o tipo de composto nitrogenado não. Ao se estudar as emissões de CH4 estas responderam aos fatores do solo como umidade, compactação e adição de fezes e não foram afetadas pela variação da concentração de N-urinário e volumes de urina. A fonte de nitrogênio aplicada não afetou a produção/oxidação de CH4. A altura do pasto, estação e ano afetaram as emissões de N2O e CO2 e a estação as de CH4. As maiores emissões ocorreram no verão e as menores no inverno. A altura do pasto apresentou efeito linear negativo nas emissões de N2O acumuladas anual e linear positivo nas emissões de CO2. O efeito dietético dos níveis de sal mineral influenciaram a concentração de N-urinário, volume de urina, N-ureia, N-alantoína e N-ácido hipurico. A concentração de N-urinário apresentou efeito negativo linear, o volume de urina, N-ureia, N-alantoína e N-ácido hipúrico positivo linear. Enquanto que a excreção total de N excretado via urina, N-creatinina e concentração de N nas fezes não foram afetadas pelos níveis de sal mineral na dieta. As emissões de CH4, N2O e NH3 diferiram dos FEs defaults preconizados pelo IPCC. A umidade e a compactação do solo podem ser os principais fatores que regulam as emissões de N2O e CH4 e depende da variação sazonal da precipitação pluviométrica.