Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Barbanera, Pedro Octavio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/158323
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Resumo: |
A obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde pública em muitos países, uma vez que está associada queda da qualidade de vida. Embora existam vários fatores que corroboram com o desenvolvimento para tal fato, os hábitos alimentares seja o fator relevante. Os transtornos metabólicos podem resultar em alterações na funcionalidade do fígado, podendo desenvolver Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA). Como o número de obesos e as co-morbidades associadas ao sobrepeso vêm aumentando abruptamente nas últimas décadas, vários modelos de obesidade experimental têm sido propostos para investigar os distúrbios metabólicos envolvendo suas causas e consequências. O glutamato monossódico é amplamente utilizado na culinária e também por indústrias alimentícias, contudo atua no sistema nervoso central e promove a degeneração de áreas importantes do hipotálamo que leva a distúrbios da saciedade e, consequentemente acúmulo excessivo de gordura abdominal. Com a finalidade de estudar substâncias que apresentem potencial atividade terapêutica no controle dos distúrbios metabólicos, o N-acetil-cisteína possui propriedades antioxidantes e exerce hepatoproteção. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi evidenciar a indução da obesidade pelo glutamato monossódico e determinar o efeito do N-acetil-cisteína sobre os parâmetros calorimétricos, metabolismo energético, atividade dos complexos respiratórios e estresse oxidativo no tecido hepático. Foram utilizados 32 ratos Winstar, machos com 21 dias de idade. Inicialmente os animais foram distribuídos em dois grupos experimentais (n=16). O grupo C foi o controle e receberam dieta padrão; o grupo GMS recebeu dieta padrão contendo glutamato monossódico (GMS), durante 30 dias. Após este período estes grupos (C e GMS) foram subdivididos (n=8) em NAC que recebeu o mesmo tratamento de do grupo C e a administração de N-acetil-cisteína e o grupo GMS-NAC que recebeu o mesmo tratamento do grupo GMS e a administração de N-acetil-cisteína.Estes grupos foram mantidos durante 30 dias. Os animais receberam N-acetil-cisteina na concentração 30mg-1dia através da via intra-gástrica (gavage). O delineamento estatístico foi inteiramente ao acaso com 32 tratamentos e 8 repetições, com nível de significância de 5% de probabilidade. O peso corporal diminuiu (p<0.05) em animais do grupo GMS-NAC em relação aqueles do grupo NAC, o qual não deferiu dos grupos C e GMS. A calorimetria revelou menor oxidação de carboidratos e maior oxidação de lipídios com elevada atividade da β-hidroxacil-CoA-desidrogenase em GMS. Estes animais também apresentaram menor HDL-colesterol sérico e acúmulo anormal de triacilgliceróis, além de promover o estresse oxidativo no tecido hepático. A administração de N-acetil-cisteína ameizou as alterações metabólicas (aumentou oxidação de carboidratos e diminuiu a oxidação de lipídios), manteve a homeostase da glicose, aumentou a concentração de HDL-colesterol e atenuou o estresse oxidativo. Desta forma, pode-se concluir que a dose administrada de N-acetil-cisteína atenuou os efeitos deletérios impostos pelo comportamento alimentar inadequado, normalizou o metabolismo energético, manteve a homeostase da glicose e reduziu o acúmulo de triacilgliceróis no tecido hepático. |