Criatividade motora na Dança Esportiva e na Ginástica Rítmica: percepção subjetiva de técnicos e árbitros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Trevisan, Priscila Raquel Tedesco da Costa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148657
Resumo: Este estudo, de natureza qualitativa, teve por objetivo investigar os parâmetros de julgamento na percepção subjetiva sobre criatividade motora, na visão de árbitros e técnicos das modalidades: Ginástica Rítmica e Dança Esportiva. O estudo aliou pesquisa bibliográfica e pesquisa exploratória. Os resultados da tese são apresentados em forma de artigos, tendo sido analisados descritivamente, por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. O primeiro artigo, intitulado “Produção do conhecimento sobre criatividade motora” é referente a uma pesquisa exploratória realizada no portal Periódicos CAPES, utilizando-se a busca por artigos completos em bases de dados na área Ciências da Saúde, subárea Educação Física e Esportes que contivessem os termos criatividade motora nos idiomas: Português, Inglês e Espanhol incluídos em seus títulos ou como assunto. Esse artigo 1, teve por objetivo investigar a produção do conhecimento científico acerca do tema criatividade motora. Os dados analisados apontaram para a escassez de publicações em Português e a prevalência de artigos no idioma inglês. Prevalesceram as publicações relacionadas à infância, às esferas psicológicas e ao desenvolvimento criativo. A Ginástica Rítmica e a Dança foram modalidades apontadas para o desenvolvimento da criatividade motora. Para os artigos 2 e 3, utilizou-se entrevista semiestruturada, aplicada a uma amostra intencional de árbitros e técnicos adultos, com experiência em âmbito competitivo das modalidades Ginástica Rítmica e/ou Dança Esportiva. O artigo 2, intitulado “Percepção subjetiva sobre criatividade: visão de árbitros e técnicos de Ginástica Rítmica”, versou sobre as formas como a criatividade é percebida no julgamento e treinamento das ginastas participantes de eventos esportivos competitivos. Esses resultados apontaram que, para esses árbitros e técnicos de GR, a criatividade é uma capacidade que envolve gerar o novo, o diferente, o bonito, o que surpreende, além de apresentar variedade, adequação e harmonia no uso dos elementos corporais. As respostas demonstram a necessidade de formas mais precisas e orientações claras quanto ao modo de avaliar aquilo que é artístico. O que é reconhecido como criativo representa algo subjetivo, que se torna dependente do gosto e da afinidade do árbitro. A criatividade é avaliada por meio da composição da coreografia, do uso da música, dos passos de dança, manejo dos aparelhos e maestrias, mas, as recompensas para tanto, podem ser sacrificadas, especialmente quando ocorrem erros na performance da atleta. Dessa forma, o que é tido como criativo é avaliado no todo da apresentação, quando a ginasta atende às exigências e promove um espetáculo. Méritos artísticos, expressivos e criativos reforçam a subjetividade e são fatores que orientam as decisões e a definição da melhor ginasta e melhor série. O artigo 3, intitulado “Percepção subjetiva sobre criatividade: visão de árbitros e técnicos de Dança Esportiva”, objetivou investigar o julgamento da criatividade, na visão de técnicos e árbitros de Dança Esportiva. Os dados indicam que o que é criativo é percebido como um conhecimento transformado em um produto novo, adequado, expressivo e fluído, relacionado à música, às exigências, à habilidade de resolver problemas, de se conectar com o parceiro e de se deslocar pelo salão de forma harmoniosa. A criatividade em eventos competitivos se torna um recurso para surpreender, transcender a técnica e para atrair o olhar do árbitro para o casal. Assim, ambas as modalidades foram salientadas como uma forma artística de expressão. Este estudo aponta a criatividade motora como uma capacidade subjetiva de apresentar soluções originais, diferentes e variadas, como um diferencial, inclusive artístico, para o domínio de técnicas e conhecimentos oriundos dos regulamentos e fundamentos esportivos nestas modalidades focalizadas. Sugerem-se novos estudos que abarquem a criatividade motora no âmbito de outras modalidades esportivas, tendo em vista sua importância, não apenas estética, mas como diferencial de performance.