Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Redígolo, Natália Carolina Narciso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/216055
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Resumo: |
A tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, através dos municípios de Foz do Iguaçu (BR), Cidade do Leste (PY), Porto Iguaçu (AR) apresenta grande complexidade por sua população, história e dinâmica criminal. A sua ocupação do lado brasileiro (século XIX) se deu quase exclusivamente por estrangeiros, e a maior parte da população atual se estabeleceu apenas a partir da década de 1970. Com uma demografia complexa, a região abriga mais de setenta etnias, sobretudo árabes e chineses, sendo marcada por um fluxo intenso de pessoas. Este fluxo e esta forma de ocupação geraram diversos conflitos sociais, inclusive a busca por meios alternativos de sobrevivência, muitas vezes ilegais. Ocupação irregular da terra, contrabando e descaminho são práticas corriqueiras no local, apesar de serem tipificadas como crimes na legislação brasileira. Como cada prática pode ser analisada de forma diferente (dentro e fora da fronteira por diferentes atores), o objetivo deste trabalho foi, através de entrevistas, dados demográficos, criminais e históricos, conteúdos midiáticos e bibliografias, analisar os discursos que são construídos em torno das concepções do que é legal e o que é ilegal (e consequentemente o que deve ou não ser punido e controlado) em um contexto de fronteira. As análises, construídas à luz dos conceitos de fronteira, identidade nacional, estigma e legalidade indicam que as instituições de controle realizam uma gestão diferenciada dos ilegalismos na fronteira, na qual o Estado ocupa função essencial na manutenção destes ilegalismos, seja por ação, omissão ou repressão. |