Desempenho, características de carcaça, qualidade da carne e proteômica do músculo de novilhos F1 Angus-Nelore suplementados em Creep Feeding e confinados após o desmame

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Hozane Alves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/260360
Resumo: Nosso objetivo foi investigar o efeito da suplementação em creep feeding sob o desempenho, características de carcaça, qualidade da carne e perfil proteômica do musculo Longissimus thoracis de novilhos F1 Angus-Nelore confinados após o desmame. Quarenta e cinco bezerros F1 Angus-Nelore, meio irmãos foram suplementados ou não em creep feeding por 172 dias, desmamados e confinados com uma mesma dieta por 200 dias. Diferenças foram consideradas significativas se P<0.05. A suplementação em creep feeding aumentou o ganho médio diário (0,97 vs. 1,05 kg; P<0,0001) e o peso corporal a desmama (227 vs. 243 kg; P<0,0002) em comparação aos animais não suplementados. Os animais oriundos de creep feeding ganharam mais peso na aclimatação (1,4 vs. 9,9 kg; P<0,0003). O consumo de matéria seca e o ganho médio diário não diferiram, mas o peso corporal final dos animais de creep feeding foi superior (484 vs. 499 kg; P<0,0339). As eficiências alimentar e biológica do grupo controle foram melhores e os animais do grupo creep feeding precisaram ingerir 15.33 kg de matéria seca adicional para produzir 15 kg de carcaça. Essa diferença no confinamento foi de R$73.51 e equivale a 3% de aumento no custo na terminação. A espessura de gordura subcutânea (10,6 vs. 12,5 mm; P<0,0076) e o teor de gordura intramuscular (4,9% vs. 5,8%; P<0,0087) no músculo Longissimus thoracis foram maiores em animais de creep feeding comparados aos não suplementados. Novilhos do grupo creep feeding tiveram maiores teores de ácidos graxos saturados, insaturados e monoinsaturados. A força de cisalhamento, pH, variáveis da cor a*, b*, C* e h* não diferiram entre os grupos experimentais. A carne maturada aos 14 dias foi em média 0,93 kgf menos força de cisalhamento comparada a maturação de 7 dias (4,3 vs. 3,4 kgf; P<0,0001). O valor de L* foi maior no grupo creep feeding devido a maior presença de gordura (37,8 vs. 36,5; P<0,0036). Enzimas importantes relacionadas a maciez, como actina alfa 1, músculo esquelético (ACTA1), Miosina de cadeia leve 1 (MYL1), Beta enolase (ENO3) e Creatina kinase tipo M (CKM) diferencialmente expressas em ambos os grupos. Algumas outras foram diferencialmente abundantes no grupo creep feeding Alfa enolase (ENO1), Troponina T rápida do músculo esquelético (TNNT3), Fosfoglicomutase 1 (PGM1) ou no creep feeding Malato desidrogenase 1 (MDH1), Miosina de cadeia leve 3 (MYL3), Troponina T lenta do músculo esquelético (TNNT1). A utilização do sistema de creep feeding aumenta o peso a desmama e não afeta o ganho médio diário na terminação, no entanto reduz o ganho de carcaça e a eficiência após 200 dias de confinamento. O creep feeding aumenta a gordura subcutânea e intramuscular, afeta a abundância de proteínas musculares e glicolíticas, mas essas alterações não são suficientes para impactar a maciez da carne.