Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Caio Mateus da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181771
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Resumo: |
As doenças hepáticas são um grave problema de saúde mundial. Muitas patologias crônicas acometem o fígado e em comum à essas doenças há o surgimento do processo fibrosante. A fibrose hepática é caracterizada pela deposição de fibras cicatriciais e alterações na matriz extracelular do órgão. O estabelecimento da fibrose ocorre quando células estreladas hepáticas (CEHs) passam de seu fenótipo quiescente para o ativado. Essas células em fenótipo ativado, são proliferativas e sintetizadores de elementos da matriz extracelular. Caracteristicamente as CEHs ativadas alteram seu metabolismo lipídico perdendo a capacidade de armazenar gotículas lipídicas em seu citoplasma e alguns autores propõem o controle desse metabolismo para auxiliar a reversão do processo fibrosante hepático. Compostos obtidos através de plantas pode ajudar no tratamento de doenças hepáticas. Nesse contexto, a planta medicinal Silybum marianum é conhecida pelos seus efeitos medicinais. O conjunto de compostos encontrados em seus frutos e sementes são denominados silimarina. A silimarina apresenta efeitos hepatoprotetores, anti-inflamatórios e anti-oxidativos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos celulares e moleculares da silimarina em linhagem de células estreladas hepáticas (LX-2) e seu potencial de reversão da fibrose hepática e o controle do metabolismo lipídico. Além disso, o efeito do composto no metabolismo lipídico foi avaliado em um modelo de co-cultivo entre células hepáticas (HepG2) e as LX-2. Os resultados apontam que a concentração de 100 µM de silimarina atua no controle do processo fibrosante, reduzindo a sinalização pró-fibrótica das células LX-2. Essa mesma concentração é capaz de restaurar a hoemostase do metabolismo lipídico, após alterações ocasionadas pelo tratamento das células com dimetil-sulfóxido. Uma concentração mais elevada de silimarina (150 µM) conduz as LX-2 para um acúmulo de ácidos graxos e triglicerídeos. Mas modelos de co-cultivos entre hepatócitos (HepG2) e LX-2 demonstram que essa é uma estratégia celular para restaurar a homeostase celular após o descontrole do metabolismo de lipídeos causados pelo DMSO. Em conclusão a silimarina apresenta efeitos positivos para a reversão do quadro fibrótico, além disso, seu potencial hepatoprotetor é confirmado. Sendo assim, a silimarina demonstra grande potencial para auxiliar em terapias voltadas ao tratamento da fibrose hepática. |