Métodos de extração da lignina do bagaço da cana-de-açúcar do Noroeste do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Quinelato, Cristiane [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138898
Resumo: O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, e com isso é também o maior gerador de biomassa residual – bagaço e palha. Uma grande parte dessa biomassa é utilizada na co-geração de energia, sendo queimada nas caldeiras das usinas, porém ainda há um enorme excedente, gerando problemas ambientais e sociais. Por isso, é necessário desenvolver projetos para utilização desse material, com valor agregado. Uma das maneiras é a utilização dos compostos que compõem a fibra do bagaço: celulose, hemicelulose e lignina. Para viabilizar a utilização desses compostos são necessárias técnicas pouco nocivas e com custo reduzido. Além disso, é importante que durante o processo de extração, haja pouca alteração estrutural dos compostos, ou que as alterações sofridas sejam benéficas para sua utilização posterior. O presente trabalho visou desenvolver métodos diferentes de extração de uma das frações dessa fibra, a lignina, avaliando as alterações sofridas durante os processos de extração para um posterior uso dessas ligninas de acordo com suas características. Os três métodos foram Organossolv utilizando uma mistura de dioxano e ácido clorídrico, Organossolv utilizando etanol e o Álcali. A caracterização das ligninas extraídas foi realizada através de técnicas de análise térmica (TG-DTG/DTA), microscopia eletrônica de varredura com aplicação de campo (MEV-FEG), espectroscopia de infravermelho (FTIR), e ressonância magnética nuclear (RMN). Através dos resultados obtidos nas análises evidenciou-se uma alteração maior na lignina extraída pelo método Álcali, com maiores rupturas nas ligações aromáticas durante o processo de extração quando comparado com as ligninas obtidas pelos dois métodos Organossolv. As três ligninas contêm estruturas carbônicas diferentes entre si, sendo que a que mais se aproxima da lignina de origem é a obtida pelo método Organossolv com dioxano.