Consequência da recapacitação de linhas de transmissão por injeção de componente de terceira harmônica

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Ferrari, Júlio Cesar Santos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Recapacitação; Transitórios eletromagnéticos; Sistemas de potência; Tensão de terceira harmônica; Uprating; Electromagnetic transients; Power systems; Third harmonic voltage
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183537

Esta dissertação apresenta um estudo realizado sobre o método de recapacitação de linhas de transmissão por injeção de tensão de terceira harmônica (TTH). O método foi publicado em 2017 por Alaei e Khajehoddin como uma proposta mais economicamente viável de elevar a tensão de transmissão sem a necessidade de alterações nas estruturas das linhas de transmissão. A injeção de TTH em linhas convencionais tem como objetivo provocar um achatamento na forma de onda das tensões de fase, causando uma redução em seu valor de pico. O método se mostra vantajoso pelo fato de que a largura das faixas de servidão e as distâncias entre cabos condutores e solo são especificadas com base no valor de pico das tensões de fase. Logo, a redução da tensão de pico não somente permitiria às estruturas existentes transmitirem maior potência como também possibilitaria a construção de novas torres de transmissão com tamanho reduzido e faixas de servidão mais estreitas, tornando uma proposta economicamente atrativa para as companhias de transmissão de energia elétrica. No artigo em que o método de recapacitação em questão foi proposto, os autores realizam análises de tensões e correntes apenas nos terminais das LTs. A contribuição deste trabalho para os estudos do método de recapacitação por injeção de TTH, consiste nas análises feitas através de um modelo de linha de transmissão a parâmetros distribuídos, que permitiu o monitoramento das tensões de fase ao longo da extensão de linhas com diferentes comprimentos, tanto em regime permanente como durante a energização do sistema. Os resultados mostraram que a injeção de TTH causa sobretensões ao longo da extensão de linhas mais longas que 200 km, nos pontos fora dos terminais. Dependendo do comprimento da LT, os valores de amplitude das tensões de fase podem até mesmo excederem o valor da tensão nominal das estruturas, impondo assim uma limitação à essa nova técnica de recapacitação.