Perfil de citocinas do padrão Th1, Th2, Th17 e o estado redox de indivíduos com leishmaniose visceral pré e pós tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carvalho, Francilene Capel Tavares de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136436
Resumo: A leishmaniose visceral (LV) é causada pelos protozoários intracelulares obrigatórios pertencentes ao complexo Leishamania donovani (L.donovani). O sucesso na cura da LV depende principalmente do estado imunitário do hospedeiro em combinação com os efeitos das drogas leishmanicidas. Nesse sentido, a resistência do hospedeiro a leishmaniose está associada à produção de citocinas envolvidas na indução e efetuação de uma resposta do tipo Th1, como IL-12, IFN-γ e TNF-α. Essa resposta culmina na ativação de macrófagos com conseqüente aumento na produção de metabólitos do estresse oxidativo com atividade leishmanicida. Por outro lado, a suscetibilidade à infecção e a progressão da doença estão relacionadas com o direcionamento de uma resposta do tipo Th2, com produção de IL-4 e de outras citocinas como a IL-10, que desativam macrófagos. A subpopulação de células Th17 vem ganhando importância na resposta contra a Leishmania, entretanto não se sabe até o momento se está envolvida na resistência ou suscetibilidade à infecção. Apesar desses resultados, são raros os trabalhos que tenham objetivado avaliar de forma sistemática, os perfis de resposta de células CD4+ em pacientes com LV, antes e após o tratamento. Desta forma, um dos objetivos do presente estudo foi quantificar as citocinas do perfil Th1, Th2 e Th17 nestas duas fases da evolução da doença. Outro objetivo foi avaliar o estado redox desses pacientes, uma vez que ao tentar eliminar o parasita através do processo de ativação de macrófagos, os mesmos podem liberar quantidades exageradas de metabólitos leishmanicidas, que podem levar a um estresse oxidativo envolvido na patogênese da doença. Foi observada uma tendência dos pacientes apresentarem um aumento nos níveis das citocinas pró-inflamatórias IL-17 e IFN-  antes do tratamento com diminuição após o tratamento. Diferenças significantes, foram detectadas em relação aos níveis de IL-6 e IL-10. Pacientes antes do tratamento apresentaram uma produção mais alta das duas citocinas em relação aos indivíduos controles. No entanto, após o tratamento, essa produção abaixou de forma significante, atingindo novamente níveis semelhantes aos dos indivíduos controles. Em relação ao estado redox detectamos que pacientes com a doença ativa apresentaram um aumento da substância malondialdeído (MDA), um indicador de peroxidação lipídica, associado a uma diminuição de carotenóides antioxidantes como o licopeno e a luteína o que revela a presença de um desequilíbrio oxidativo nesses pacientes. As associações entre os achados imunológicos e os relativos ao estado redox dos pacientes e as suas implicações para a patogênese da leishmaniose são discutidos.