Arroz de terras altas consorciado com adubos verdes: modalidades de cultivo e arranjo de plantas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Meirelles, Flávia Constantino [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213927
Resumo: O consórcio entre espécies comerciais produtoras de grãos com adubos verdes tem-se destacado como um sistema de produção vantajoso em razão da possibilidade de renda e a melhoria do ambiente solo. No entanto, a inserção do arroz nesse sistema de produção é extremamente difícil, devido à falta de sincronismo no crescimento entre as espécies, podendo ocorrer competição por água, luz e nutrientes, levando a perdas na produtividade de grãos. O objetivo do trabalho foi verificar a possibilidade de consorciação do arroz de terras altas com adubos verdes, por meio de diferentes modalidades de cultivo e arranjo de plantas, visando avaliar o desempenho agronômico e as características qualitativas dos grãos de arroz, atributos morfofisiológicos e o estado nutricional das plantas. Foram conduzidos dois experimentos no município de Jaboticabal-SP, Brasil, em Latossolo Vermelho eutroférrico, de textura argilosa, no período de primavera-verão em área com irrigação por aspersão convencional. O primeiro experimento foi composto por sistemas de cultivo de arroz exclusivo e consorciado com adubos verdes (amendoim forrageiro, calopogônio, Crotalaria breviflora, Crotalaria spectabilis, estilosantes, feijão de porco e guandu anão) e por modalidades de cultivo (arroz com adubos verdes com semeadura simultânea na entrelinha e arroz com adubos verdes com semeadura aos 25 dias após a emergência -DAE- do cereal na entrelinha). O segundo experimento foi constituído pelos mesmos sistemas de cultivo de arroz exclusivo e consorciado com adubos verdes do primeiro experimento e por arranjo de plantas de arroz (arroz semeado em fileiras simples e em fileiras duplas). Para ambos os experimentos o delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial, com quatro repetições. A cultivar de arroz utilizada foi a BRS Esmeralda semeada no espaçamento de 0,45 m. Dentre as principais conclusões destaca-se que a semeadura aos 25 DAE permite melhor desenvolvimento do arroz, com menor interferência na radiação solar interceptada pelo cereal, em relação à semeadura simultânea, refletindo em produtividade. O arranjo de plantas em fileiras duplas reduz a competitividade pela radiação solar dos adubos verdes sobre o arroz, permitindo melhores produtividades do cereal em relação a fileiras simples. As espécies amendoim forrageiro e estilosantes, devido à menor altura, exercem menor interferência na produtividade de grãos de arroz independente da modalidade de cultivo. As espécies calopogônio, C. breviflora e estilosantes, pelo menor porte, possuem menor competição por luz, apresentando menor interferência na produtividade de arroz independente do arranjo de plantas. Quanto a qualidade dos grãos de arroz, houve influência da interação entre os consórcios e as modalidades de cultivo. Os sistemas de consórcio em semeadura simultânea ou aos 25 DAE, bem como o arranjo de plantas em fileiras simples e duplas permitiram adequada absorção de nutrientes pelo arroz de terras altas.